domingo, 2 de março de 2014

E MAIS UMA VEZ A HISTÓRIA E A CIÊNCIA SE RENDEM A BIBLIA....


terça-feira, janeiro 28, 2014

Inscrição ajuda a confirmar reinos de Davi e Salomão

Um professor da Universidade de Haifa (Israel) afirma que uma inscrição em um jarro de barro descoberto em Jerusalém pode provar a existência dos reinos bíblicos de Davi e Salomão. O objeto, de quase três mil anos, foi encontrado em julho e é o mais antigo texto alfabético já achado na cidade histórica. “Estamos falando de reis verdadeiros, e os reinos de Davi e Salomão foram um fato real”, diz Gershon Galil. O debate entre os cientistas sobre o significado da inscrição ainda é muito grande, mas o professor afirma oferecer “a única tradução sensata” para o texto e ressalta que apenas a existência do objeto já é considerada importante. “A coisa mais importante é que (o jarro) nos conta que alguém naquele período sabia como escrever alguma coisa”, diz. Uma das dificuldades da tradução é que três letras do objeto estão incompletas. Galil as traduz como “yah-yin chah-lak”, o que em hebraico significa “vinho inferior”.

A parte mais importante, contudo, é o primeiro trecho do texto, que indicaria o 20º ou 30º ano do reino de Salomão. A inscrição, afirma o professor, está em uma forma inicial do hebraico do sul, pois é a única língua a usar dois yods (letras hebraicas) para a palavra “vinho”. Ele especula que o “vinho inferior” seria dado para trabalhadores que construíam a cidade de Jerusalém.

Se o hebraico como língua escrita era utilizado no período da inscrição no local, isso indica que os israelitas chegaram a Jerusalém antes do que se acreditava anteriormente e isso os colocaria em um tempo que a Bíblia indica que Salomão reinou. Galil acredita agora que novos indícios serão achados sobre os reinos bíblicos.

quarta-feira, setembro 25, 2013

Arqueólogos podem ter encontrado as minas de Salomão

Escavações em minas de cobre no extremo sul de Israel podem ter revelado novas evidências do reinado da figura bíblica do Rei Salomão, que teria governado a região durante 40 anos. Durante a Idade do Ferro, os seres humanos começaram a explorar os depósitos de cobre escondidos no Vale de Timna, no atual Estado de Israel, como fica evidente ao se observar as milhares de antigas minas e dezenas de locais de fundição existentes no distrito. Agora, o debate dos arqueólogos se concentra em quem controlava essas minas, e quando. Após ter explorado a região na década de 1930, o arqueólogo [norte-americano] Nelson Glueck anunciou ter encontrado as reais “minas do Rei Salomão”, no reino bíblico de Edom. As Minas do Rei Salomão é um romance de aventura popular, publicado pelo autor vitoriano inglês Henry Rider Haggard e traduzido para o português por Eça de Queiroz. O livro narra uma jornada ao interior da África, feita por um grupo de aventureiros em busca de uma lendária riqueza que supostamente estaria escondida nas minas que dão nome ao romance. A importância da obra se dá principalmente por ser considerada a precursora do gênero literário “mundo perdido”.

As pesquisas do decorrer do século 20 – e essencialmente após a descoberta de um templo egípcio no centro do vale, em 1969 – lançaram dúvidas sobre as afirmações de Glueck. Alguns arqueólogos sustentam, desde então, uma interpretação que sugere que os antigos egípcios teriam de fato construído as minas, antes mesmo da suposta existência do reinado de Salomão, ainda no século 13 a.C.

No entanto, as escavações recentes no Vale de Timna revelaram artefatos datados do século 10 a.C., época em que a Bíblia diz que o rei Salomão governava. Os especialistas, porém, argumentam que as minas provavelmente eram operadas pelos edomitas, uma tribo seminômade que constantemente entrava em conflito com Israel.

“As minas são, definitivamente, do período do rei Salomão”, garante o arqueólogo Erez Ben-Yosef, da Universidade de Tel Aviv. “Esses locais podem nos ajudar a compreender a sociedade local, que, se não fossem as minas, teria passado despercebida por nós.”

Ano passado, Ben-Yosef e uma equipe de pesquisadores investigaram uma área conhecida como Colina dos Escravos, um local de fundição previamente intocado, que mantém rastros de centenas de fornos e camadas de cobre, o material restante da extração do metal.

O lugar não apresentava ruínas arquitetônicas significativas, mas os arqueólogos conseguiram encontrar resquícios efêmeros de uma vida antiga: pedaços de roupas, cordas, tecidos e objetos de cerâmica, além de tâmaras, uvas e pistache. Onze amostras do material encontradas na Colina dos Escravos foram submetidas a testes na Universidade de Oxford, na Inglaterra. De acordo com os pesquisadores, os resultados mostraram que os itens antigos datam justamente da época do reinado de Salomão.

“No Vale de Timna, nós certamente descobrimos uma sociedade com alto grau de desenvolvimento, organização e poder”, resume Ben-Yosef.

Apesar do debate sobre quão confiável é a Bíblia como fonte histórica para arqueólogos, Ben-Yosef acrescenta que é muito possível que os reis Davi e Salomão tenham, de fato, existido. Consequentemente, segundo ele, é possível que uma dessas figuras bíblicas tenha exercido algum controle sobre as minas do Vale de Timna.



Nota: A despeito da teimosia dos pesquisadores céticos (cujo ceticismo nem sempre funciona bem quando se trata da confirmação de histórias não bíblicas), os fatos parecem confirmar o relato bíblico a respeito do poderia das dinastias davídica e salomônica. [MB]

quarta-feira, julho 24, 2013

Pesquisadores dizem ter descoberto palácio do rei Davi

Pesquisadores da Autoridade de Antiguidades de Israel e da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram o que seriam dois edifícios reais com cerca de três mil anos na antiga cidade fortificada de Khirbet Qeiyafa. Um desses edifícios foi identificado pelos cientistas como um palácio do lendário Rei Davi, importante figura para o cristianismo, judaísmo e islamismo, famoso pelo episódio bíblico da luta com o gigante Golias, entre outros. A segunda construção, afirmam os cientistas, é uma espécie de depósito real. Os trabalhos arqueológicos da equipe de Yossi Garfinkel e Saar Ganor revelaram parte de um palácio que teria mil metros quadrados, com vários cômodos ao seu redor onde foram encontrados recipientes de alabastro, potes e vestígios da prática de metalurgia. O palácio é a construção mais alta da antiga localidade, permitindo o controle sobre todas as outras casas, bem como uma vista a grandes distâncias, chegando até o Mar Mediterrâneo.

De acordo com nota da Autoridade de Antiguidades, o local é ideal para mandar mensagens por meio de sinais de fumaça. O palácio, no entanto, foi muito destruído cerca de 1.400 anos após seu surgimento, quando foi transformado em sede de uma fazenda, no período do Império Bizantino. O depósito identificado mais ao norte era um local para guardar impostos, na época coletados na forma de produtos agrícolas. Essa estrutura corrobora a ideia da existência de um reino estruturado, que cobrava tributos e tinha centros administrativos.


Vista aérea da cidade murada

Objetos achados no sítio arqueológico

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Descoberta pode solucionar “enigma” bíblico

Achados arqueológicos recentes podem comprovar que a cidade de Siló, antiga capital de Israel, foi destruída por um grande incêndio. Essas descobertas na região central de Israel desvendariam o mistério envolvendo a ruína dessa cidade mencionada no Antigo Testamento. Fragmentos de um jarro de barro foram descobertos em meio a uma camada de cinzas avermelhadas. Esse é um forte indício para resolver definitivamente o enigma milenar sobre como a cidade foi destruída. Em Siló, o Tabernáculo foi colocado durante o período conhecido como “dos juízes”. O local serviu como capital de Israel e centro espiritual por 369 anos, até a sua destruição. Após ser saqueada pelos filisteus deixou de ser a capital. A área continuou sendo habitada até 722 a.C., quando a Assíria invadiu o Reino de Israel. Atualmente, na região fica a cidade de Rosh Ha’ayin.

As Escrituras não relatam como foi o fim de Siló, mas essas descobertas comprovam que um incêndio arrasou o local. A datação do jarro aponta para o ano 1.050 a.C., que coincide com a data dos eventos descritos no livro de Samuel.

Avital Selah, diretor do sitio arqueológico de Tel Siló, disse à Agência de Notícias Tazpit que as teorias levantadas durante a escavação são semelhantes ao que se cogitou 30 anos atrás, quando restos de comida descobertos no local também apontavam para o ano 1.050 a.C.

O livro bíblico de 1 Samuel narra a batalha entre filisteus e israelitas, quando a Arca da Aliança foi capturada. O livro de Jeremias e alguns Salmos confirmam que Siló foi destruída pouco depois pelos filisteus. Os estudos dos arqueólogos devem ser publicados em breve comprovando como aconteceu e pondo fim ao mistério milenar.

(Gospel Prime, com informações Huffington Post e Israel National News)

quarta-feira, agosto 08, 2012

Nova descoberta dá credibilidade à história de Sansão

Uma pequena pedra encontrada em Israel pode ser a primeira evidência arqueológica da história de Sansão, o fortão mais famoso da Bíblia. Com menos de uma polegada de diâmetro, a gravura esculpida mostra um homem com cabelos longos lutando contra um grande animal com rabo de felino. A pedra foi encontrada em Tell Beit Shemesh, nos montes hebreus próximos a Jerusalém, e data aproximadamente do século XI antes de Cristo. Biblicamente falando, nessa época, os judeus eram conduzidos por líderes conhecidos como juízes, e Sansão era um deles. A pedra foi encontrada em um local próximo ao rio Sorek (que marcava a antiga fronteira entre o território dos israelitas e o dos filisteus), o que sugere que a gravura poderia representar a figura bíblica.

Sansão, um personagem do Antigo Testamento que se tornou lenda [sic], tinha uma força sobrenatural dada por Deus para vencer os inimigos. A força, que Sansão descobriu ao encontrar um leão e matá-lo com as próprias mãos, vinha de seu cabelo. Sansão, que matou mil filisteus armado apenas com uma mandíbula de asno, foi seduzido por Dalila, uma filisteia que vivia no vale de Sorek. Ela cortou os longos cabelos de Sansão, o que fez com que ele perdesse a força e fosse aprisionado pelos filisteus, que o cegaram e o obrigaram a trabalhar moendo grãos em Gaza.

De acordo com o Livro dos Juízes, Sansão retomou sua força e derrubou o templo de Dagon sobre ele mesmo e muitos filisteus, “assim foram mais os que matou ao morrer, do que os que matara em vida”.

Apesar da evidência circunstancial, os diretores da escavação, Shlomo Bunimovitz e Zvi Lederman, da Universidade de Tel Aviv, não afirmam que a imagem da gravura represente o Sansão bíblico. É mais provável que a gravura conte a história de um herói que lutou contra um leão [curiosamente, se fosse o personagem de uma história secular, dificilmente haveria dúvidas sobre as “coincidências” – MB]. “A relação entre a gravura e o texto bíblico foi feita por acaso” [!], anunciou o jornal israelense Haaretz.

Os arqueólogos também encontraram um grande número de ossos de porco próximo a Sorek, mas só no território filisteu. No território israelita, não acharam quase nenhum, o que sugere que os israelitas teriam optado por não comer carne de porco para se diferenciarem dos filisteus [Ou por obedecerem às leis dietéticas da Bíblia? Lv 11].

“Esses detalhes dão um ar lendário ao processo social, no qual dois grupos hostis delimitaram suas diferentes identidades, assim como acontece em muitas fronteiras, hoje em dia”, disse Bunimovitz a Haaretz.

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Objeto de 2 mil anos confirma rituais em Jerusalém

Um objeto em formato de botão com 2 mil anos de idade foi encontrado por arqueólogos em Israel e é primeira evidência física do registros escritos sobre os rituais praticados do Templo judaico de Jerusalém. A descoberta foi divulgada neste domingo (25) por uma equipe da Universidade de Haifa. O artefato é uma espécie de lacre com inscrições em aramaico que dizem “puro por Deus”, sendo usado possivelmente como certificado para alimentos e animais usados como sacrifícios durante cerimônias religiosas. A peça foi encontrada perto do Muro das Lamentações, principal símbolo judeu em Jerusalém e próximo ao complexo de edifícios muçulmanos considerados sagrados na cidade como a mesquita de Al Aqsa.

(G1 Notícias)

domingo, julho 31, 2011

Descoberto túmulo de Filipe, apóstolo de Jesus

Um túmulo, que se crê ser de São Filipe, um dos 12 apóstolos, foi descoberto na cidade de Hierapolis, na Turquia. Segundo a agência turca Anadolu, o professor italiano Francesco D’Andria, em comando da exploração, disse que arqueólogos encontraram o túmulo da figura bíblica, um dos 12 discípulos de Jesus, enquanto trabalhavam nas ruínas de uma Igreja recém-descoberta. “Há anos que procuramos o túmulo do apóstolo Filipe”, disse o professor à agência. “Finalmente encontramo-lo nas ruínas de uma igreja, que começamos a explorar há um mês.” A estrutura do túmulo e os dizeres escritos nas paredes provam que ele pertence a São Filipe. O professor disse ainda que os arqueólogos trabalhavam havia anos com a esperança de encontrar o túmulo, e que esperam que este tenha um destino privilegiado para exposição.

São Filipe, reconhecido como um dos mártires do cristianismo, deve ter morrido em Hierapolis, segundo cientistas, por volta de 80 d.C. Acredita-se que tenha sido crucificado de cabeça para baixo, ou decapitado. O nome Hierapolis significa “cidade sagrada”.

(DN Globo)

Leia também: “Arqueólogos dizem ter encontrado túmulo de apóstolo de Jesus”

quinta-feira, junho 30, 2011

Encontrado ossuário de família que julgou Jesus

Arqueólogos israelenses confirmaram a autenticidade de um ossuário (caixa usada para guardar ossos depois da fase inicial de sepultamento) pertencente à família do sacerdote que teria conduzido o julgamento de Jesus. A peça, feita em pedra e decorada com motivos florais estilizados, data provavelmente do primeiro século da Era Cristã - tem, portanto, uns dois mil anos. A inscrição no ossuário, em aramaico (“primo” do hebraico, língua do cotidiano na região durante a época de Cristo), diz: “Miriam [Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri.” O nome “Caifás” é a pista crucial, afirmam os arqueólogos Boaz Zissu, da Universidade Bar-Ilan, e Yuval Goren, da Universidade de Tel-Aviv, que estudaram a peça.

Afinal, José Caifás é o nome do sumo sacerdote do Templo de Jerusalém que, segundo os Evangelhos, participou do interrogatório que levaria à morte de Jesus junto com seu sogro, Anás. Não se sabe se Miriam seria neta do próprio Caifás bíblico ou de algum outro membro da família sacerdotal. O ossuário, no entanto, liga a parentela à casta de Maazias, um dos 24 grupos sacerdotais que serviam no Templo.

O governo israelense diz que o ossuário estava nas mãos de traficantes de antiguidades, impedindo o estudo de seu contexto original.

(Folha.com)

quinta-feira, maio 26, 2011

17 novas pirâmides do Egito


As ruínas de 17 pirâmides do Egito antigo jaziam sob as areias que cobrem a antiga necrópole de Saqqara, mas uma equipe de cientistas conseguiu vê-las em infravermelho, em imagens de satélite. As descobertas são sensacionais e incluem a disposição de três mil casas numa cidade perdida. Os tesouros arqueológicos estavam enterrados havia séculos, escondidos do olhar humano por camadas de areia ou cobertos por incontáveis depósitos das lamas do Nilo. Esquecidos pela história, esperavam apenas a sorte de um arqueólogo ou um golpe de asa tecnológico. Aconteceu o segundo.

Uma nova técnica de análise de imagens de satélite em infravermelho, que detecta a energia térmica, permitiu a uma equipe de cientistas da Universidade de Alabama a descoberta de mais de mil túmulos egípcios, incluindo 17 pirâmides desconhecidas, além de três mil habitações. As imagens vão a ponto de mostrar o mapa detalhado da cidade perdida de Tanis, no norte do Egito, cuja dimensão era até agora desconhecida.

(DN Globo)

Nota 1: É mais uma evidência de que o relato bíblico está correto. O Egito era mesmo uma potência.[MB]

Nota 2: "Isso só nos mostra como é fácil subestimar o tamanho e a escala dos assentamentos humanos do passado”, afirma Sarah Parcak, coordenadora da pesquisa. (Opinião e Notícia)

quarta-feira, março 30, 2011

Descoberta pode ajudar a reescrever história cristã

Uma antiga coleção de 70 livros pequenos, cada um com 5 a 15 páginas de chumbo, pode desvendar alguns segredos dos primórdios do cristianismo. Para os estudiosos de religião e de história, trata-se de um tesouro sem preço. Ziad Al-Saad, diretor do Departamento de Antiguidades da Jordânia chegou a dizer que pode ser a “descoberta mais importante da história da arqueologia”. Embora ainda estejam divididos quanto à sua autenticidade, especialistas acreditam que se trata da maior descoberta da arqueologia bíblica desde que foram encontrados os Rolos do Mar Morto, em 1947. Os livros foram descobertos há cinco anos em uma caverna (foto) em uma região remota da atual Jordânia. Acredita-se que pertenciam a cristãos que fugiram após a queda de Jerusalém no ano 70 d.C. Documentos importantes do mesmo período já foram encontrados no mesmo local.

Testes iniciais indicam que alguns desses livros de metal datam do primeiro século. A estimativa é baseada na forma de corrosão que atingiu o material, algo que especialistas acreditam ser impossível reproduzir artificialmente. Quando os estudos forem concluídos, esses livros podem entrar para a história como alguns dos primeiros documentos cristãos, antecedendo até mesmo os escritos atribuídos ao apóstolo Paulo.

A maioria das páginas desses livros metálicos é do tamanho de um cartão de crédito. Os textos estão escritos em hebraico antigo, sendo a maior parte em um tipo de código. O britânico David Elkington, acadêmico de arqueologia e de história religiosa antiga, foi um dos poucos a ter examinado os livros. Ele acredita que essa pode ser “a maior descoberta da história cristã”. “É algo de tirar o fôlego pensar que temos acesso a objetos que podem ter pertencido aos santos dos primórdios da Igreja”, disse ele.

Após ter sido descoberto por um beduíno da Jordânia, o tesouro foi adquirido por um beduíno israelense, que está sendo acusado de contrabandeá-lo para Israel, onde está hoje. O governo jordaniano está tentando repatriar as relíquias, mas sem sucesso.

Philip Davies, professor emérito de estudos bíblicos da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, disse haver fortes evidências de que os livros têm uma origem cristã e mostram mapas da Jerusalém do primeiro século. “Há obviamente imagens cristãs. Há uma cruz em primeiro plano, e por trás dela o que tem pode ser o túmulo [de Jesus], uma pequena construção com uma abertura, e atrás disso os muros da cidade… É uma crucificação cristã que ocorreu fora dos muros da cidade.”

A doutora Margaret Barker, ex-presidente da Sociedade de Estudos do Antigo Testamento, explica: “O livro do Apocalipse fala de um livro selado que seria aberto somente pelo Messias. Outros textos da época falam sobre livros de sabedoria selados e de uma tradição secreta transmitida por Jesus aos seus discípulos mais próximos. Esse é o contexto dessa descoberta. Sabe-se que, pelo menos em duas ocasiões, grupos de refugiados da perseguição em Jerusalém rumaram para o leste, atravessaram a Jordânia, perto de Jericó e foram para a região onde esses livros agora foram achados.”

Para ela, outra prova de que o material é cristão e não judaico é o fato de os escritos estarem em formato de livros, não de pergaminhos. “Os cristãos estão particularmente associados com a escrita na forma de livros. Eles guardavam livros como parte de uma tradição secreta do início do cristianismo… Caso se confirmem as análises iniciais, esses livros poderão trazer uma luz nova e dramática para a nossa compreensão de um período muito significativo da história, mas até agora pouco conhecido.”

Ela se refere ao período entre a morte de Jesus e as primeiras cartas do Apóstolo Paulo. Há referências históricas a alguns desses acontecimentos, mas quase nenhum material deixado por quem realmente vivenciou o surgimento da igreja cristã. Essa descoberta sanaria muitas das dúvidas levantadas por outros estudiosos sobre a veracidade dos relatos da existência do que comumente é chamado de “o Jesus histórico”.

(Pavanews, com informações de BBC e Daily Mail)

Leia também: “Rare Metal Books May Be Earliest Christian Writings” e "Could lead codices prove ‘the major discovery of Christian history’?"

terça-feira, novembro 16, 2010

Veredito: ossuário do irmão de Jesus é verdadeiro

Ela pesa 25 quilos. Tem 50 centímetros de comprimento por 25 centímetros de altura. E está, indiretamente, no banco dos réus de um tribunal de Jerusalém desde 2005. A discussão em torno de uma caixa mortuária com os dizeres “Tiago, filho de José, irmão de Jesus” nasceu em 2002, quando o engenheiro judeu Oded Golan, um homem de negócios aficionado por antiguidades, revelou o misterioso objeto para o mundo. A possibilidade da existência de um depositário dos restos mortais de um parente próximo de Jesus Cristo agitou o circuito da arqueologia bíblica. Seria a primeira conexão física e arqueológica com o Jesus do Novo Testamento. Conhecido popularmente como o caixão de Tiago, a peça teve sua veracidade colocada em xeque pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). Em dezembro de 2004, Golan foi acusado de falsificador e a Justiça local entrou no imbróglio. No mês passado, porém, o juiz Aharon Far¬kash, responsável por julgar a suposta fraude cometida pelo antiquário judeu, encerrou o processo e acenou com um veredicto a favor da autenticidade do objeto. Também recomendou que o IAA abandonasse a defesa de falsificação da peça. “Vocês realmente provaram, além de uma dúvida razoável, que esses artefatos são falsos?”, questionou o magistrado. Nesses cinco anos, a ação se estendeu por 116 sessões. Foram ouvidas 133 testemunhas e produzidas 12 mil páginas de depoimentos.

Especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Rodrigo Pereira da Silva acredita que todas as provas de que o ossuário era falso caíram por terra. “A paleografia mostrou que as letras aramaicas eram do primeiro século”, diz o professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). “A primeira e a segunda partes da inscrição têm a mesma idade. E o estudo da pátina indica que tanto o caixão quanto a inscrição têm dois mil anos.” O professor teve a oportunidade de segurá-lo no ano passado, quando o objeto já se encontrava apreendido no Rockfeller Museum, em Jerusalém.

Durante o processo, peritos da IAA tentaram desqualificar o ossuário, primeiro ao justificar que a frase escrita nele em aramaico seria forjada. Depois, mudaram de ideia e se ativeram apenas ao trecho da relíquia em que estava impresso “irmão de Jesus” – apenas ele seria falso, afirmaram.

A justificativa é de que, naquele tempo, os ossuários ou continham o nome da pessoa morta ou, no máximo, também apresentavam a filiação dela. Nunca o nome do irmão. Professor de história das religiões, André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, levanta a questão que aponta para essa desconfiança. “A inscrição atribuiria a Tiago uma certa honra e diferenciação por ser irmão de Jesus. Como se Jesus já fosse um pop¬star naquela época”, diz ele. Discussões como essa pontuaram a exposição de cerca de 200 especialistas no julgamento. A participação de peritos em testes de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal israelense em um palco de seminário de doutorado. Golan foi acusado de criar uma falsa pátina (fina camada de material formada por microorganismos que envolvem os objetos antigos). Mas o próprio perito da IAA, Yuval Gorea, especializado em análise de materiais, admitiu que os testes microscópicos confirmavam que a pátina onde se lê “Jesus” é antiga. “Eles perderam o caso, não há dúvida”, comemorou Golan.

O ossuário de Tiago, que chegou a ser avaliado entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões, é tão raro que cerca de 100 mil pessoas esperaram horas na fila para vê-lo no Royal Ontario Museum, no Canadá, onde foi exposto pela primeira vez, em 2002. Agora que a justiça dos homens não conseguiu provas contra sua autenticidade, e há chances de ele ser mesmo uma relíquia de um parente de Jesus, o fascínio só deve aumentar.

(IstoÉ)

Nota: Na verdade, esse assunto deveria ser capa da IstoÉ, mas preferiram falar sobre “sedução”. Estaria a mídia tão seduzida pelo naturalismo/secularismo que prefere não destacar matérias que confirmam fatos relacionados com o cristianismo? Isso mereceria também reportagem de capa na Superinteressante ou na Veja, não acha? É esperar para ver...[MB]

Leia também: “O ossuário do irmão de Jesus e o silêncio da mídia”

quarta-feira, setembro 15, 2010

Israelenses descobrem camarote do rei Herodes

Foi divulgado nesta quarta-feira (15), pelo jornal The Jerusalem Post, que arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram o camarote do teatro do rei Herodes (aproximadamente 73 a.C.-1 a.C.). As escavações revelaram o teatro em 2008. Construída durante um período de luxo, a peça mede cerca de oito metros e ficava na parte superior da edificação. O Museu de Israel planeja abrir os sítios arqueológicos para a visita em 2011. O espaço provavelmente recebia hóspedes do rei, seus amigos e familiares. Ao menos os que ainda estavam vivos: Herodes assassinou membros de sua família, massacrou rabinos e, mesmo cercado de bajuladores, dificilmente tinha algum amigo verdadeiro.

(Folha.com)

quinta-feira, setembro 02, 2010

Templo com mais de 3 mil anos é descoberto na Jordânia

A localização de um templo moabita de 3 mil anos foi anunciada hoje pelo Departamento de Antiguidades jordaniano, que classificou a descoberta como uma das mais importantes da Idade do Ferro (que se estendeu de 1.500 a 27 a.C.). No templo de três andares e cuja construção acredita-se tenha ocorrido entre o período 1.200 e 600 a.C. foram encontradas mais de 300 peças. A análise indica que existe a possibilidade de a construção fazer parte de um centro político e religioso do reino de Moabe, como detalhou o diretor do departamento jordaniano, Ziad Saad. Em comunicado divulgado hoje, Saad sustenta que a descoberta foi feita no mês passado por uma equipe do Departamento de Antiguidades jordaniana e a universidade La Sierra, dos Estados Unidos.

Entre as peças destaque para uma estátua com cabeça de touro do deus moabita, além de recipientes, lâmpadas e altares de rituais religiosos. A descoberta ocorreu próximo à cidade de Dhiban, a 50 quilômetros ao sul de Amã. "A Idade de Ferro foi um grande e importante período histórico e político no qual reinos fortes alcançaram inúmeros avanços tecnológicos", disse o diretor do Departamento de Antiguidades.

Acredita-se que os moabitas eram tribos pertencentes aos cacaneus que se estabeleceram na margem do rio Jordão no século 14 a.C. Seu reino chegou ao fim com a invasão persa, por volta do século 7 a.C.

(UOL)

terça-feira, maio 11, 2010

Aqueduto do século 14 é descoberto em Jerusalém

Arquéologos anunciaram nesta terça-feira (11) a descoberta de uma aqueduto do século 14 que forneceu água para Jerusalém por quase 600 anos. Diferentemente de outras descobertas, porém, os arqueólogos nesse caso já sabiam onde o aqueduto se encontrava. Fotografias do século 19 mostravam que o aqueduto era usado na cidade, na época sob comando otomano. A foto também possuía uma inscrição datando a obra, construída em 1320. O aqueduto foi descoberto durante reparos no sistema de águas da cidade. Obras públicas em Jerusalém (e outras cidades antigas) são executadas sob supervisão de arqueólogos e outros profissionais. O objetivo é evitar que potenciais achados sejam destruídos no processo de modernização. A equipe encontrou duas das novas seções de uma ponte de cerca de 3 metros de altura na parte oeste da Cidade Velha de Jerusalém.

Embora os arqueólogos já soubessem que o aqueduto estava lá, essa é a primeira vez que eles puderam visualizar diretamente o engenhoso sistema, usado por séculos para combater a gravidade e transportar água a longas distâncias.

Nos tempos bíblicos, o crescimento da populaçao de Jerusalém levou os líderes locais a buscar fontes de água em locais cada vez mais distantes. Uma fonte de água foi encontrada próximo a Belém, seguindo uma rota tortuosa distante 22 quilômetros. O aqueduto encontrado hoje em Jerusalém segue a mesma rota do primeiro aqueduto construído na região, há 2.000 anos.

(Folha Online)

segunda-feira, março 01, 2010

Moisés escreveu mesmo o Pentateuco?

Até pouco tempo atrás, afirmava-se que a invenção do alfabeto teria ocorrido pelos séculos 12 ou 11 a.C., sendo esse argumento apresentado para “provar” que Moisés não podia ter escrito o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia), visto que em seu tempo não haviam ainda inventado a arte de escrever. No entanto, escavações arqueológicas nas ruínas da cidade de Ur, na antiga Caldeia, têm comprovado que ela era uma metrópole altamente civilizada. Nas escolas de Ur, os meninos aprendiam leitura, escrita, Aritmética e Geografia. Três alfabetos foram descobertos: junto do Sinai, em Biblos e em Ras Shamra, que são bem anteriores ao tempo de Moisés (1500 a.C.).

Estudiosos sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética para escrever o Pentateuco. O grande arqueólogo William F. Albright datou essa escrita de início do século 15 a.C. (tempo de Moisés). Interessante é notar que essa escrita foi encontrada no lugar onde Moisés recebeu a incumbência de escrever seus livros (Êx 17:14). Veja o que disse Merryl Unger sobre a escrita do Antigo Testamento: “A coisa importante é que Deus tinha uma língua alfabética simples, pronta para registrar a divina revelação, em vez do difícil e incômodo cuneiforme de Babilônia e Assíria, ou o complexo hieróglifo do Egito.”

Deus sempre sabe mesmo o que faz! Pense bem: se o alfabeto tivesse sido realmente inventado pelos fenícios, cuja existência foi bem posterior à de Moisés, e se as escritas anteriores – hieroglífica e cuneiforme – foram decifradas apenas no século 19, como poderia Moisés ter escrito aqueles livros? Se o tivesse feito, só poderia usar os hieróglifos, escrita na qual a Bíblia diz que Moisés era perito (At 7:22). Nesse caso, o Antigo Testamento teria ficado desconhecido até o século 19, quando o francês Champollion decifrou a antiga escrita egípcia. Acontece que, no princípio do século 20, nos anos 1904 e 1905, escavações na península do Sinai levaram à descoberta de uma escrita muito mais simples que a hieroglífica – e era alfabética! Com essa descoberta, a origem do alfabeto se transportava da época dos fenícios para a dos seus antecessores, séculos antes, os cananitas, que viveram no tempo de Moisés e antes dele.

Portanto, foram esses antepassados dos fenícios que simplificaram a escrita. E passaram a usar o alfabeto em lugar dos hieróglifos, isto é, sinais que representam sons ao invés de sinais que representam ideias. Moisés, vivendo 40 anos na região de Mídia, onde essa escrita era conhecida, viu nela a escrita do futuro, e passou a usá-la por duas grandes razões: (1) a impressão grandiosa que teve de usar uma língua alfabética para seus escritos e que se compunha de apenas 22 sinais bastante simples comparados com os ideográficos que aprendera nas escolas do Egito; e (2) a compreensão de que estava escrevendo para seu próprio povo, cuja origem era semita como a dos habitantes da terra em que estava vivendo, e que não eram versados em hieróglifos por causa de sua condição de escravos.*

(Michelson Borges, jornalista e mestrando em teologia pelo Unasp)

(*) De acordo com Siegfried Schwantes, Ph.D em línguas semíticas pela Johns Hopkins University, o vocabulário da última parte do livro de Gênesis e do livro de Êxodo evidencia a influência da língua egípcia sobre o hebraico. A palavra para “linho fino”, por exemplo (Gn 41:42), é shesh, e curiosamente em egípcio é shash. Outro exemplo é a palavra “selo” (Gn 38:18, 25). Na forma hebraica é hotam, enquanto seu equivalente egípcio é htm. Um último exemplo (para ficar apenas com três) é o vocábulo hebraico taba’at, cujo significado é “anel” ou “sinete”, e parece ser derivado do termo egípcio db’t. “É uma palavra rara e denota familiaridade do autor com o meio egípcio”, escreveu Schwantes em seu livro Arqueologia(São Paulo: IAE, 1988), p. 28. Estudos mais amplos nessa área têm sido produzidos por James Hoffmeier, do Trinity Evangelical Divinity School, nos Estados Unidos.

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