quinta-feira, 20 de março de 2014

FAÇAMOS COM QUE AS PESSOAS ENTENDAM , FALEMOS COM AMOR

Documentário: Lei Dominical: A Nova Ordem Mundial de Apocalipse 13

Antes, gostaria de dizer aos meus amigos protestantes, católicos, espíritas e demais pessoas, independente de sua religião ou credo: Saibam que eu os amo em Cristo Jesus.


“…e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.” Apocalipse 13:15-17

“Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca.” na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome.”

“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apocalipse 14:9-12

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Para reflexão:

“Fiés Atalaias” x “Cães Mudos”

“A crise aproxima-se rapidamente. Quase é vindo o tempo da visitação de Deus. Conquanto Lhe repugne castigar, não obstante castigará, e rapidamente. Aqueles que andam na luz verão sinais do perigo que se aproxima; mas não deverão sentar-se em silenciosa e despreocupada expectativa de ruína, conformando-se com a crença de que Deus abrigará Seu povo no dia da visitação. Longe disto, deverão compreender que é seu dever trabalhar diligentemente para salvar outros, esperando, com grande fé, auxílio da parte de Deus. “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5:16.”

“O fermento da piedade não perdeu inteiramente seu poder. Na ocasião em que o perigo e a crise da igreja crescem, o grupo que permanece na luz estará suspirando e clamando por causa das abominações cometidas na Terra. Mais especialmente, porém, suas orações subirão em favor da igreja porque seus membros estão agindo segundo a maneira do mundo.”

“As fervorosas orações destes poucos fiéis, não serão em vão. Quando vier o Senhor para exercer vingança, virá também como protetor de todos os que conservaram pureza de fé, e se guardaram incontaminados do mundo. É nesta ocasião que Deus prometeu vingar Seus escolhidos, que a Ele clamam de dia e de noite. …”

“Ao tempo em que Sua ira se manifestar em juízos, esses humildes e devotados seguidores de Cristo se distinguirão do resto do mundo pela angústia de sua alma, a qual se exprime em lamentos e pranto, reprovações e advertências. Ao passo que outros procuram lançar uma capa sobre o mal existente, e desculpam a grande impiedade reinante em toda parte, os que têm zelo pela honra de Deus e amor pelas almas, não se calarão a fim de granjear o favor de ninguém. Sua alma justa aflige-se dia a dia pelas obras e costumes profanos dos ímpios. São impotentes para deter a impetuosa torrente da iniqüidade, e assim se enchem de dor e sobressalto. Lamentam diante de Deus o verem a religião desprezada nos próprios lares daqueles que receberam grande luz. Lamentam-se e afligem sua alma porque se encontram na igreja orgulho, avareza, egoísmo e engano quase de toda espécie. O Espírito de Deus, que impulsiona a aceitar a reprovação, é espezinhado, ao passo que os servos de Satanás triunfam. Deus é desonrado, a verdade tornada de nenhum efeito.”

“A classe que não se entristece por seu próprio declínio espiritual, nem chora sobre os pecados dos outros, será deixada sem o selo de Deus. O Senhor comissiona Seus mensageiros, os homens que têm armas destruidoras nas mãos: “Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, jovens, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.” Ezeq. 9:5 e 6.”

“Vemos aí que a igreja – o santuário do Senhor – foi a primeira a sentir o golpe da ira de Deus. Os anciãos, aqueles a quem Deus dera grande luz, e que haviam ocupado o lugar de depositários dos interesses espirituais do povo, haviam traído o seu depósito. Colocaram-se no ponto de vista de que não precisamos esperar milagres e as assinaladas manifestações do poder de Deus, como nos dias da antiguidade. Os tempos mudaram. Estas palavras fortaleceram-lhes a incredulidade, e dizem: O Senhor não fará bem nem mal. É demasiado misericordioso para visitar Seu povo em juízos. Assim, paz e segurança é o grito de homens que nunca mais erguerão a voz como trombeta para mostrar ao povo de Deus suas transgressões, e à casa de Jacó os seus pecados. Esses CÃES MUDOS, que não querem ladrar, são aqueles que sentirão a justa vingança de um Deus ofendido. Homens, virgens e crianças, todos perecerão juntos.” Testemunhos Seletos – Volume 2, págs. 64-69

Como FIÉS ATALAIAS, deveis dar o aviso ao ver que vem a espada, para que homens e mulheres, pela ignorância, não sigam um rumo que evitariam se conhecessem a verdade.” Review and Herald Extra, 24 de dezembro de 1889. Eventos Finais, pág. 127

A mais terrível ameaça que já foi dirigida aos mortais, acha-se contida na mensagem do terceiro anjo. Deverá ser um terrível pecado que acarretará a ira de Deus, sem mistura de misericórdia. Os homens não devem ser deixados em trevas quanto a este importante assunto; a advertência contra tal pecado deve ser dada ao mundo antes da visitação dos juízos de Deus, a fim de que todos possam saber por que esses juízos são infligidos, e tenham oportunidade de escapar.” O Grande Conflito, pág. 449 e 450

“Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão.”
Isaías 58:1

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Para realizar o download do vídeo acesse o link: Lei Dominical – A Nova Ordem Mundial de Apocalipse 13 (HD)

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Disseminai-os como as folhas no outono. Esse trabalho deverá continuar sem estorvo de pessoa alguma. Almas perecem sem Cristo. Sejam elas advertidas de Seu breve aparecimento nas nuvens do céu.” Testemunhos Seletos Vol.3, Pág. 325

Deus o abençoe.

LEIAM ESSA NOTA ...TODOS NOS QUE ACEITAMOS O SABADO BIBLICO DEVEMOS ACORADAR JÁ É TEMPO

Papa Francisco: decreto dominical e volta de Cristo.

Bergoglio, agora papa Francisco I, nasceu em 17 de dezembro de 1936 na capital argentina, filho dos italianos Mario Bergoglio, um funcionário ferroviário, e Regina. Ele cresceu na capital argentina, onde começou a estudar e se formou como técnico químico, mas pouco depois escolheu o sacerdócio, decisão que o levou ao seminário do bairro portenho Villa Devoto. O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76, arcebispo de Buenos Aires, é o primeiro papa latino-americano da história. É também a primeira vez que o cargo é entregue a um membro da Sociedade de Jesus. Ele obteve ao menos 77 votos dos 155 cardeais de todo o mundo que participam desde terça-feira (12) do conclave, na Capela Sistina, no Vaticano. O conservadorismo do novo papa é conhecido por declarações contra o aborto e a eutanásia. Além disso, embora ressalte que homossexuais merecem respeito, Bergoglio é contra o casamento gay.
Veja o que  autoridades dizem no programa Especial Novo Tempo – Roma: entre a cruz e a espada  
Link para acesso:  http://migre.me/dF5NX
papaO papado e a volta de Jesus
O período dos 1260 anos se refere à grande perseguição profetizada por nosso Senhor (Mateus 24: 15-22). Quando Cristo se ergueu da sepultura, tornou-se então o legítimo representante desse mundo. Sua morte reconciliou o mundo com Deus, e o acusador, o diabo, não tem mais direito algum sobre ele. Não admira que uma exclamação de triunfo fosse ouvida no céu! E mais, os habitantes do céu falam do diabo como “acusador de nossos irmãos”. Os anciãos sabiam alguma coisa de seu poder, pois também eles tinham-no enfrentado em combate mortal. O acusador e enganador fora finalmente lançado fora de seu lugar de usurpação, e Cristo, o segundo Adão, tornou-se nosso representante.
Agora é revelada a causa oculta das grandes lutas da igreja. O diabo, sabendo que perdera a batalha contra Deus, e reconhecendo que lhe resta pouco tempo, está agora concentrando todo o seu poderio contra os seguidores de Cristo. Ao profeta foi mostrado este inimigo de Deus e do homem perseguindo a mulher – a igreja. Até a morte de Cristo, Satanás estava ansioso por reunir outros mundos em torno de si para rebelião contra Deus. Mas agora ele está derrotado. Assim ele transfere toda a sua energia para o combate à igreja. Para escapar aos ataques do inimigo, a igreja foge para o deserto, para um lugar que Deus lhe preparou, e aí é sustentada por 1260 dias proféticos, ou anos. Este período é mencionado sete vezes em Daniel e no Apocalipse: (1) Daniel 7:25; (2) Daniel 12:7; (3) Apocalipse 11:3; (4) Apocalipse 11:3; (5) Apocalipse 12:6; (6) Apocalipse 12:14; (7) Apocalipse 13:5.
Começou como já vimos, com o decreto de Justiniano em 538 A.D., e terminou com o fim do domínio papal em 1798. Lugares ermos como os vales do Piemonte e as sólidas montanhas dos Alpes e mesmo a América recém descoberta, tornaram-se um céu de refúgio para o perseguido povo de Deus. Em Apocalipse 12:15 lemos: “A serpente lançou de sua boca , atrás da mulher, água como de um rio.” Água em profecia representa povo: (Apocalipse 17:15). Durante a supremacia papal, diferentes povos foram usados no esforço de destruir o fiel e verdadeiro povo de Deus. As páginas da História estão manchadas com sangue de amargas perseguições e impiedosos massacres. Tudo isto não foi em vão; ao contrário, “o sangue dos mártires foi semente da igreja”.
O céu rejubila na vitória dos santos sobre o poder do dragão. “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho”. (Apocalipse 12: 11). O profeta observa que outra tentativa, e mais sutil, é feita para destruir a igreja. O inimigo lança de sua boca um dilúvio para arrastar a mulher. Com efeito, um dilúvio de falsos ensinadores saturados de evolucionismo e filosofias humanas tem-se levantado para opor-se à verdade de Deus. Isto tem sido especialmente desde o fim dos 1260 anos. A água vinha da boca da serpente. O que não logrou por meio de exércitos de falsos educadores. A propaganda mentirosa e “falsamente chamada ciência”(1 Timóteo 6:20) alcançará o seu clímax na batalha final contra a verdade.
Para fazer frente a esse novo ataque, “a terra abriu a sua boca”. Através dos séculos a terra tem ajudado a mulher, providenciando refúgio para o perseguido povo de Deus. Mas esse novo ataque vindo da boca da serpente tem sido derrotado de outro modo. Um século atrás veio à existência a nova ciência da arqueologia, e das cidades sepultadas no passado, as evidências se acumularam provando a Bíblia e confirmando a exatidão dos seus registros. Maravilhosas descobertas nos campos da Arqueologia, da História e da Geologia robusteceram e vindicaram a palavra de Deus. A pedra de Rosetta, descoberta em 1799, tornou-se a chave do passado, permitindo aos estudiosos aprenderem as línguas do Egito, desse modo abrindo ao conhecimento toda a história do passado. Milhares de descobertas tem sido feitas em confirmação com a História bíblica. A terra tem aberto, sem dúvidas, a sua boca, e as próprias pedras estão clamando aos ouvidos dos cépticos: “A tua palavra é a verdade”.
A maior e final tentativa de Satanás será feita contra a própria última igreja chamada neste capítulo “o resto da sua semente”. Estes entes leais, obedientes aos mandamentos de Deus e possuindo “o testemunho de Jesus, permanecem como fiéis testemunhas. “Desde o início do grande conflito no céu, tem sido a intento de satanás subverter a lei de Deus. Foi para realizar isto que entrou em rebelião contra o criador e sendo expulso do céu, continuou a mesma luta na terra. O último grande conflito entre a verdade e o erro não é senão a luta final da prolongada controvérsia relativa à lei de Deus”.
Em toda grande crise da história Deus tem tido fiéis servos cuja obediência a ele era mais preciosa do que a vida. O profeta Isaías, escrevendo num tempo em que a verdade estava sendo comprometida, falou dos que eram leais a Deus como sendo o seu “remanescente’ (Sofonias 3:12,13; Miquéias 4:7.) Na última grande crise do século, Deus terá um “remanescente” leal que por sua graça permanecerá firme pela verdade e pela justiça. João descreve este remanescente como aqueles que “guardam os mandamentos de Deus e tem a fé em Jesus”, testemunho este que o anjo declarou ser “o espírito de profecia”. (Apocalipse 12:17; 19:10). Por meio de sua palavra e os conselhos de seu Espírito, Deus está, mesmo agora, preparando esse “remanescente” para estar de pé “no dia mau”, quando os principados e potestades e “os príncipes das trevas deste século” farão seu último ataque à igreja. (Efésios 6:12,13 – 2 Tesssalonicenses 2:9-13).
É por meio do “remanescente” que Deus está dando sua última mensagem de misericórdia ao mundo e revelado ao mesmo tempo as maquinações do “homem do pecado”, cujo sistema de falsificação da salvação tem obscurecido o glorioso evangelho de Cristo e sua graça salvadora. A igreja que “está aguardando a vinda do senhor” “nenhum dom lhe falta”, diz o apóstolo Paulo. (1 Corintios 1:7). Deus tem seus servos em todas as partes da terra. Estes está Ele reunindo por meio do poder do evangelho eterno que é proclamado para “toda a nação , e tribo, e língua e povo “. (Apocalipse 14:6). Isto é claramente expresso na seguinte citação de Ellen White:
“Entre os habitantes do mundo , espalhados por toda terra , há os que não tem dobrado os joelhos a  Baal . Como as estrelas do céu , que aparecem à noite, esses fiéis brilharão  quando as trevas cobrirem a terra , e densa escuridão os povos . Na África pagã , nas terras católicas da Europa e da América do sul, na China, na Índia, nas ilhas do mar e em todos os recantos da terra , Deus tem  em reserva um firmamento de escolhidos que  brilharão em meio às trevas , revelando claramente a um mundo apóstata  o poder transformador da obediência a sua lei” (Profetas e Reis , pp. 188, 189).
Quando o paganismo invadiu a igreja, trouxe consigo apenas as suas vestimentas e os mistérios, mas também o seu espírito de intolerância. Quando o homem cessa de agir por amo , recorre à força. A igreja perdeu sua missão no mundo. Quando a primeira igreja começou a perder o seu “primeiro amor”, perdeu também a sua visão. Quando entrou na política, caiu de seu elevado estado espiritual. Em vez de continuar como um poderoso movimento missionário preocupado apenas em levar as boas novas de salvação a todos os homens em todos os lugares, ela começou a transformar-se numa grande instituição financeira, com declarado objetivo de reger as nações. Em vez, pois, de almejar a volta de Cristo, acompanhado por seus anjos, com poder e grande glória, como a consumação de suas esperanças, esta igreja apóstata começou a ensinar que sua missão ao mundo era estabelecer-se com liderança política no mundo mediante um assim chamado governo espiritual, introduzir o reino de Deus na terra.
Este conceito da igreja e seu trabalho foi uma completa inversão da mensagem apostólica. O livro de Santo Agostinho “A Cidade de Deus”, interpreta Apocalipse 20 de modo que signifique o domínio da igreja sobre as nações. Nos dias dos apóstolos, a igreja fez tremendas conquistas espirituais, verdadeiramente ela “saiu vencendo e para vencer”. Sobreveio, porém, uma mudança. Paulo falou desses acontecimentos como de uma “apostasia”, a qual , ele disse, daria surgimento ao homem do pecado, que exaltaria a si mesmo no templo de Deus, declarando-se Deus, e que sob o disfarce do cristianismo, corromperia a verdade e se oporia a quem quer que dele dissentisse, segundo. (Tessalonicenses 2:3,4).
O declínio do poder espiritual dentro da igreja estabelecida não foi de súbito. A história da igreja mostra os passos trágicos que finalmente puseram a autoridade civil e religiosa numa só mão. Papas sedentos de poder arrogaram-se o título de “substituto de Deus na terra”, assim usurpando as prerrogativas da divindade. Arrogando-se sucessores de Pedro, pretendiam autoridade, não sobre a igreja apenas, mas sobre todo o mundo. Inocêncio III, por exemplo, (papa de 1198 – 1216), escreveu que “assim como o sol e a lua estão postos no firmamento, o maior como luz do dia, e o menor para iluminar a noite, há dois poderes na terra: o maior, o pontifical e o menor, o real”. Propondo reis e depondo reis, os pontífices tinham aí o seu passatempo. Pisoteando os direitos da consciência, esses governantes medievais dominavam príncipes, estados e parlamentos, compelindo a submissão por meio do mais terrível engenho da tirania, a Inquisição. Maquinandoe esquematizando para ganhar mais poder, esta igreja dominante continuou a destruir “os santos do Altíssimo”, e a atentar contra a lei de Deus. (Daniel 7:25). Isto devia continuar por 42 meses.
Este período profético, já foi por João introduzido cinco vezes em três diferentes modos, enquanto Daniel dele fala duas vezes. O método de expressão usado por João como por Daniel é “um tempo, e tempos, e metade de um tempo”. (Apocalipse 12:14; Daniel 7:25; 12:7). Um “tempo” é modo hebreu de expressão para um ano. (Daniel 14: 16; 11: 13). A conclusão é clara e convincente. Um “tempo” seria um ano ou 360 dias, dois “tempos” seriam iguais a dois anos” ou 720 dias, meio “tempo” igualaria a meio ano, ou 180 dias . O total é 1260 dias. A expressão “42 meses” chama a atenção. Um mês profético consiste em 30 dias  (proféticos), assim 42 meses multiplicado por 30, daria 1260 dias ( anos). Autoridades bíblicas concordam que em profecia, um dia representa um ano. Começando com o decreto de Justiniano 538 A.D., o período nos leva a 1798 . Dois séculos e meio antes desta data significativa, a Europa estava .sendo assolada por uma revolução de idéias oriundas especialmente da reforma protestante. Nação após nação sacudia sua subserviência a autoridade eclesiástica.
A profecia bíblica predisse não apenas o surgimento do papado, mas também sua queda. Este poder que pretendia falar em nome de Cristo estava na realidade falando contra ele. Todos os reformadores, sem exceção, falaram dessa igreja apóstata como o “anticristo”. A palavra “anti” significa “contra, rivalidade ou suplantação”. O papismo preenche ambas as ideias, como os fundadores da reforma do século XVI tão habilmente mostraram. Mas o poder arrogante e blasfemo estava se aproximando do fim do período que lhe foi permitido dominar, e os acontecimentos políticos estavam trabalhando para o seu colapso. Napoleão, uma das mais poderosas figuras da História, começou depressa a mudar a face da Europa. Foi durante as guerras Napoleônicas que a cabeça papal dessa besta heterogênea foi “como que ferido de morte”. Verso 3. “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto”. Verso 10. Em 1798, o General Berthier, de modo algum um general forte, aprisionou o papa Pio VI. Este papa ficou exilado até sua morte, um ano depois. Durante esse tempo não houve papa reinante. Com que notável precisão cumpriu-se de modo cabal o período profético de 1260 anos!
João, porém, não predisse apenas que essa cabeça seria ferida e levada ao cativeiro, mas declarou que sua ferida mortal seria curada. Então, disse ele, “todo o mundo se maravilhou após a besta” (Verso 3) – Predição esta sobremodo notável. Quando a Itália foi unificada sob a revolução de Garibaldi (1866 – 1870), a igreja foi privada até de suas terras, ficando o papa como o virtual prisioneiro no Vaticano. 59 anos mais tarde , em 11 de fevereiro de 1929, a famosa concordata assinada por Mussolini e o cardeal Gaspar, restaurou parte das terras, sendo que a partir daí o papa voltou a ser contado entre os soberanos da terra. O relator oficial da igreja descrevendo este histórico acontecimento, disse: “estamos testemunhando agora o significado deste documento. Ao fluir a tinta dessa pena, estará sendo curada a ferida de 59 anos”.
Até o observador mais casual é compelido a reconhecer o rápido crescimento e o prestígio internacional em poder da igreja católica Romana. Ela exerce nos negócios do mundo hoje uma influência maior do que em qualquer outro tempo de sua longa e movimentada história. E essa influência está sendo cada vez mais sentida nos Estados Unidos. Ao identificar esse poder perseguidor, seria bom ficar claro, que não podemos ter nenhuma espécie de preconceito ou hostilidade contra pessoas, suas crenças ou sua denominação. Jesus quer salvar a todos, e o nosso dever como cristãos, é aceitá-los com o amor de Cristo, procurando orientá-los com toda humildade e afeição.
Palavra oficial
Como adventistas, amamos a volta de Cristo. Essa é nossa grande esperança. Precisamos ter, porém, muito cuidado no sentido de não criar um clima de alarmismo sobre o assunto. Quando isso acontece, a esperança se transforma em dúvida e confusão. “Nossa posição tem sido a de esperar e vigiar, sem proclamações de algum tempo para interpor-se entre o fim dos períodos proféticos em 1844 e o tempo da vinda de nosso Senhor” (Eventos Finais, p. 32).
A marcação de datas não é plano de Deus. Cada vez que elas são estabelecidas e não se cumprem, a fé e a esperança ficam abaladas. Ellen White já previa que “sempre haverá movimentos falsos e fanáticos feitos na igreja por pessoas que pretendem ser dirigidas por Deus – pessoas que correrão antes de ser enviadas, e darão dia e data para o cumprimento da profecia não cumprida. O inimigo se agrada de que assim procedam, pois seus sucessivos fracassos e direção em sentido falso, causam confusão e incredulidade’ (Ibidem, p. 32). Por favor, não dê ouvidos a essas pessoas e suas mensagens. Tenha sempre muito claro que:
1. Deus não apoia esses movimentos. Pessoas que andam espalhando datas, normalmente querem criar um “clima” de sensacionalismo e medo. Elas mesmas precisam de um empurrão para estarem preparadas. Podem estar bem-intencionadas, mas estão erradas. Acreditam que precisam reavivar a igreja, mas como sua mensagem não tem poder, resolvem explorar datas. Ellen White é clara quando diz que “Não devemos saber o tempo exato para o derramamento do Espírito Santo ou para a vinda de Cristo” (Ibidem, p. 30).
2. A Bíblia não define datas para os eventos finais. Ela sempre apresenta as características de um tempo. Não devemos nos concentrar em um dia, mas em um tempo. O dia não sabemos, mas o tempo é o que nós estamos vivendo. Pelas características, estamos muito perto. Ainda poderemos esperar alguns anos, ou tudo pode acontecer bem rápido, antes do que foi apresentado em sua igreja O importante é estar sempre preparado,
3. A marcação de datas enfraquece o preparo. Inconscientemente, muitos relaxam em seu preparo deixando para resolver questões espirituais mais perto do tempo marcado. ‘Deus não dá a nenhum homem uma mensagem de que decorrerão cinco, dez ou vinte anos antes que termine a história desse mundo. Ele não quer dar um pretexto para os seres viventes adiarem a preparação para o Seu aparecimento (Ibidem, p, 31).
4. Decisões movidas por agitação duram pouco tempo. Quando uma pessoa espera a volta de Cristo por outra motivação que não seja o amor a Ele, vai tomar decisões passageiras e frustrantes, movidas pelo medo do que vai acontecer. Às vezes, até parecem puras, sinceras e profundas, mas dependem de agitação para se manter.
5. Precisamos estar prontos a qualquer momento. Independente do dia em que Cristo vai voltar, ou do dia em que o decreto dominical vai ser oficializado, a vida de uma pessoa pode acabar hoje. Ê como se Cristo já tivesse voltado para ela. Precisamos ser como as virgens sábias que não esperaram a chegada do noivo para estar preparadas, mas têm sua provisão para qualquer tempo.
6. Acaba havendo confusão. Os constantes anúncios de datas para os eventos finais acabam trazendo um sentimento confuso, a ponto de, ao se cumprirem de verdade, muitos terem dificuldade em acreditar. Essa é uma obra do inimigo.
7. Cuidado com “novidades” Perto do fim, mais pessoas vão apresentar estudos de “novas” profecias, uma “nova” visão de alguns pontos da Bíblia ou mesmo a descoberta do tempo certo para o cumprimento de algumas profecias A verdade vai ser misturada com o erro. Essas pessoas vão se apresentar com ar de muita sinceridade ou trazendo estudos muito “profundos” e, por isso, vão enganar a muitos. A melhor saída é concentrar ávida espiritual no preparo diário, na comunhão, no testemunho e na freqüência à igreja, para que não sejam pegas desprevenidas. Continue amando a volta de Cristo, mas faça isso com os olhos voltados para Ele. Os sinais servem para aumentar a esperança e fortalecer a fé.
Seja feliz!

FIQUEMOS ATENTOS POIS JÁ COMEÇOU A ORGANIZAÇÃO DO DECRETO



O papa do Decreto Dominical será Bento XVI?

. Postado na Categoria: Decreto Dominical
O papa do Decreto Dominical será Bento XVI?O papa Bento XVI fez uma declaração há alguns meses que é um "alerta" para aqueles que estudam as profecias, e sabem o que está por vir.

Veja o que foi publicado na imprensa:

Papa reza última missa na Áustria e critica 'domingo ocidental'Bento XVI ressaltou a importância do domingo como dia de reflexão. A viagem do pontífice ao país europeu durou três dias.

O Papa Bento XVI celebrou, neste domingo (9), sua última missa em território austríaco, em viagem de três dias pelo país europeu. Na cerimônia, que ocorreu na Catedral de São Estevão, em Viena, Bento XVI criticou a atitude ocidental de considerar o domingo como "fim de semana" e não mais como "dia sagrado".

Ele disse que, embora o tempo livre seja necessário, "se não tiver um centro, que é o encontro com Deus, acaba sendo um tempo perdido".

O pontífice começou a homilia lembrando a frase dos primeiros cristãos: "sem o dia do Senhor, não podemos viver". Bento XVI afirmou que as palavras continuam em vigor, já que o homem precisa de um "centro, uma ordem interna e uma relação com Aquele que sustenta nossa vida". Segundo o Papa, sem isso a vida está vazia, pois o domingo não é só um dia de preceito para os cristãos, mas uma necessidade.

Fonte:
Portal G1

sexta-feira, 7 de março de 2014

BELEZA NATURAL !!!

O Arquivo Adventista será reformulado em breve! AGUARDEM NOVIDADES!!!


A Poderosa Dolomita

O uso medicinal da argila é antigo. Ela estava presente na cosmetologia egípcia. Babilônios, assírios e chineses a utilizavam em problemas digestivos. Avicena, o "príncipe dos médicos", fala da argila, assim como Homero e Hipócrates, o "pai da medicina", a usava interna e externamente.
Talvez o pouco uso da geoterapia se deva à contaminação ambiental, o que restringe o local de coleta a áreas virgens, longe de plantações (por causa de agrotóxicos) e esgotos. A argila deve ser retirada de, no mínimo, 1 metro de profundidade, peneirada e guardada em recipiente não metálico. Algumas vezes deve ser exposta ao sol, antes do uso.
No cenário moderno da geoterapia surge a dolomita, carbonato duplo de cálcio e magnésio, rocha descoberta pelo geólogo francês Deodat Dolmieu, nos Alpes tiroleses (1750- 1801). Desde 1930, é analisada para tratamento de osteoporose. É branca, podendo chegar a uma textura finíssima, o que favorece a absorção.

Falam as pesquisas
Pesquisas realizadas no Instituto Weismann, de Israel, com um calcário dolomítico brasileiro comprovaram a presença de calcitriol, hormônio que fixa o cálcio nos ossos e atua em mais de 30 tecidos, produzindo aumento de trabéculas de medula vermelha e de massa óssea nos frangos que receberam suplemento do produto na ração, aumento da calcificação da matriz inorgânica, da flexibilidade e maleabilidade da matriz orgânica; redução dos sintomas e dor na osteoporose; estmímulo do crescimento infantil com vantagens sobre o leite de vaca.
O suplemento via oral, em média de 3g por dia, pode ser usado como terapia complementar para tendência à desmineralização óssea, cardiopatias, hipertensão, diabetes, distúrbios gastrointestinais, gastralgias, diarréia, câimbras, tendinite, dores musculares e articulares, fibromialgia, DORT, luxações recidivantes, bursite, processos inflamatórios, baixa imunidade, TPM, cólica menstrual, metrorragia, insuficiência renal, espasmos brônquicos, queimaduras, úlceras de perna, e sempre que for necessária a regeneração tecidual.
Talco
O uso em pó tem ação anti- hemorrágica, desodorante e cicatrizante. Pode ser usado em casos de gengivite, afta, pré- dentição, pós- extração dentária, higiene oral e lesões genitais. Na pele, é aplicado em ferimentos, escoriações, assaduras, mau cheiro nos pés, micoses e após a depilação. Previne escara quando espalhado no lençol de pessoas acamadas, melhorando o deslizamento da pele e aumentando a sua resistência.
Adicionando dolomita à água (2 litros de água para 1/ 2 copo de dolomita) obtém- se uma água argilosa para banho tanto para crianças como adultos, em casos de brotoeja, prurido e problemas dermatológicos. Uma colher (chá) de dolomita em pó num copo de salmoura aumenta o efeito antiinflamatório e analgésico. É usada em gargarejos nos casos de amigdalite e laringite. Em congestão nasal, rinite e sinusite, devem ser aplicadas duas a 3 gotas em cada narina, duas a 4 vezes ao dia.

Pasta e banho
Misturando- se água à dolomita, na proporção de uma parte de água para duas de dolomita, obtém- se uma pasta homogênea. A água pode ser substituída por chás (gengibre, para dores articulares) ou soro fisiológico (úlceras varicosas). A pasta tem ação analgésica, refrescante, antitérmica, relaxante e cicatrizante. É útil para casos de DORT, dores articulares, erisipela, seborréia, queimadura solar, psoríase e estado febril.
A pasta de dolomita tem uso intravaginal, em casos de candidíase, leucorréias, bem como para hemorróida interna, fissura e prurido anal.
O banho é indicado em casos de fibromialgia, insônia, depressão, pós- lipoaspiração, cirurgia de varizes. O uso estético de dolomita é útil no tratamento de estrias, flacidez, celulite e para amenizar rugas de expressão facial, olheiras, manchas e quelóide.

Cataplasma
A profundidade do efeito da dolomita é proporcional à espessura da aplicação. Atualmente existe uma apresentação prática de cataplasmas de vários tamanhos, fáceis de manejar e fixar. A cataplasma é preparada no tamanho proporcional à região a ser tratada. É aplicada em casos de sinusite, cistite, otite, na região pulmonar, sobre o fígado e em dores articulares crônicas.
Como a argila atrai toxinas para a superfície da pele, lembre- se da importância da desintoxicação intestinal nos casos de constipação, para evitar reações dermatológicas, embora isso seja muito raro. Em tais casos, a aplicação externa deve ser suspensa, utilizando- se apenas o pó, até que o nível toxêmico seja reduzido.
Para potencializar o efeito da dolomita, ela deve estar associada a outras terapias naturais, como a fitoterapia, hidroterapia e dietas especiais. O paciente deve sempre ser aconselhado a melhorar o estilo de vida através da utilização do ar puro, luz solar, água pura, repouso, exercícios, alimentação natural, além de evitar estimulantes, e manter uma atitude confiante no dia- a- dia.

FICA A DICA !!! COMO DEVEMOS NOS PORTAR



ESTILO DE VIDA E CONDUTA CRISTÃ

O que é, e qual é o propósito do Documento

Uma comissão de líderes adventistas de oito países sul-americanos votou, no final de 2012, documento intitulado Estilo de Vida e Conduta Cristã. O objetivo é reafirmar a crença bíblica defendida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia quanto ao comportamento de um cristão diante de diferentes situações da sua vida cotidiana como recreação, mídia, vestuário, sexualidade, joias, ornamentos e saúde. A ideia do documento não é substituir a Bíblia e nem criar novas normas.

A intenção foi resumir, em uma linguagem simples mas clara e objetiva, o que Deus estabeleceu em Sua Palavra sobre esses temas no contexto da misericórdia e da graça cristãs. Trata-se de um material que reúne em um só lugar várias declarações que refletem o pensamento adventista sobre o assunto. Como o próprio documento diz, “as recomendações apresentadas neste documento não devem ser usadas como elemento de crítica ou julgamento de outros, mas como apoio para a vida pessoal”. Segue abaixo o documento na íntegra:

Introdução

A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece a importância do sacrifício de Cristo na cruz como o preço pago pela nossa salvação. Deus, em Seu infinito amor pelo mundo, “deu Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Ele “prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8), e nos convida a aceitar esse sacrifício de amor, a entregar-Lhe totalmente a vida e a nascermos de novo em Cristo (Jo 3:3-15).

A pessoa que passou por essa experiência com Jesus deve agora andar em “novidade de vida”, entregando-Lhe todo o seu ser e todos os aspectos de sua vida (Rm 6:1-11). “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5:17). Uma vida renovada leva o cristão a um alto padrão de comportamento através de um estilo de vida que O glorifique e que evidencie publicamente a fé e o compromisso que ele tem com Cristo Jesus. Dois ensinos bíblicos fundamentam a importância do estilo de vida para o cristão adventista: 1) a restauração da imagem de Deus no ser humano; e 2) a missão profética específica da Igreja Adventista no final dos tempos.

A restauração da imagem de Deus. Segundo as Escrituras, o ser humano foi criado à “imagem e semelhança” de Deus (Gn 1:26, 27). Essa realidade foi manchada pelo pecado (Gn 3). Desde a queda, no entanto, Deus tem trabalhado pela restauração plena dessa imagem no ser humano (Rm 8:29; 1Co 15:49; 2Co 3:18; Ef 4:22-24; Cl 3:8-10) através da redenção em Cristo Jesus e da atuação do Espírito Santo na vida e mente daqueles que respondem positivamente ao Seu convite à salvação (Jo 1:12, 13; 3:3-16). Nesse processo de restauração, Deus chama Seus filhos a um reavivamento e reforma através do compromisso com a santidade. “Sede santos porque Eu sou santo” (Lv 11:44, 45; 19:2; 20:26); “sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:48).

Essas exortações bíblicas são muitas vezes mal-interpretadas e usadas como base de um legalismo exigente e frio, comumente denominado de perfeccionismo. No entanto, no Sermão da Montanha (Mt 5:43-48), Cristo deixou claro que “ser santo” e “ser perfeito” como Deus, é ser um canal divino de Sua graça, amor e bondade aos seres humanos. O cristão torna-se um canal de Deus ao amar sinceramente todos os indivíduos com quem ele se relaciona, orando por eles e ajudando-os, mesmo sendo seus inimigos ou aqueles que o perseguem.

O chamado do cristão é imitar a Deus em todos os aspectos de sua vida (1Pe 1:13-16). Para que isso seja possível, Deus concede aos Seus filhos o Espírito Santo, o Consolador, que opera na mente e coração dos seres humanos, envolvendo o cultivo de atributos internos (amor, bondade, compaixão, justiça, verdade, pureza, honestidade, responsabilidade, altruísmo, etc.) e externos (modéstia, decência, temperança, boas obras, etc.). Esses atributos representam a restauração do caráter divino evidenciado pelo fruto do Espírito na vida dos filhos de Deus (Rm 12:1-13:14; Gl 5:16-26; Ef 4:17-5:21; Cl 3:1-17; 1Ts 4:1-12; 1Tm 2:8-3:13). A missão profética da Igreja Adventista.

O segundo ensino bíblico que realça a importância de um estilo de vida consagrado a Deus é a missão específica da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Desde seus primórdios, os Adventistas do Sétimo Dia se consideram um movimento profético, com a missão especial de preparar um povo para a Segunda Vinda de Jesus. Esse movimento foi profetizado em Isaías 40:1-5, como a “voz do que clama no deserto” preparando o caminho do Senhor; em Isaías 58:12, como o “reparador de brechas e restaurador de veredas” que restabeleceria verdades bíblicas esquecidas, entre as quais a santificação do sábado; em Malaquias 4:4-6, como o Elias que antecederia a vinda do Messias. Seu cumprimento foi predito em Apocalipse 14:6-12, com a tríplice mensagem angélica pregada nos últimos dias da história humana pelos “santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.

A missão da Igreja Adventista é a mesma de João Batista — preparar um povo para a vinda de Jesus, e ambos são objetos das profecias específicas de Isaías 40 e Malaquias 4. João Batista é, portanto, um modelo profético da Igreja Adventista, e grande ênfase é dada ao seu estilo de vida, especialmente em relação à comida, bebida e vestimenta (Mt 3:4; Mc 1:6; Lc 1:15). Isso pressupõe que um estilo de vida específico, ordenado por Deus, é um aspecto importante no cumprimento da missão do mensageiro profético que prepara a vinda do Senhor.

Recomendações

Com base nessa percepção das verdades bíblicas, a Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia reafirma seu compromisso com um estilo de vida cristã que represente seu chamado e sua missão diante do mundo e que seja uma resposta de coração à graça e ao amor de Deus. E, com o propósito de aconselhar e incentivar seus membros a crescerem na fé, a aprofundar sua experiência com Deus e a avançar no cumprimento da missão evangélica, faz as seguintes recomendações:

1. Vida de santificação

O cristão é chamado a consagrar a Deus todos os aspectos de sua vida. Como está escrito: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo” (1Pe 1:13-16). Ao fazer a vontade do Mestre, “precisamos chegar ao ponto de reconhecer plenamente o poder e a autoridade da Palavra de Deus, quer ela concorde ou não com nossas opiniões preconcebidas. Temos um perfeito livro-guia. O Senhor nos falou a nós; e, sejam quais forem as consequências, devemos receber Sua Palavra e praticá-la na vida diária. De outro modo estaremos escolhendo nossa própria versão do dever e fazendo exatamente o oposto daquilo que nosso Pai celestial nos mandou fazer” (Ellen G. White, Manuscrito 148, 1902; ver Medicina e Salvação, p. 255, 256).

2. Crescimento espiritual

A santificação implica um contínuo processo de crescimento espiritual pela graça de Deus em Jesus, através da comunhão pessoal com Ele pelo estudo da Bíblia, pela prática da oração e pelo testemunho pessoal. O alvo é chegar “ao pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado ao outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4:13-15). “Muitos têm a ideia de que devem fazer sozinhos parte do trabalho. Confiaram em Cristo para o perdão dos pecados, mas agora procuram por seus próprios esforços viver retamente. Mas qualquer esforço como este terá de fracassar. Diz Jesus: ‘Sem Mim nada podereis fazer’ (Jo 15:5). Nosso crescimento na graça, nossa felicidade, nossa utilidade – tudo depende de nossa união com Cristo. É pela comunhão com Ele, todo dia, toda hora – permanecendo nEle – que devemos crescer na graça” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 69).

3. Pureza moral

Todo filho e filha de Deus deve conservar puros o coração e a mente (Sl 24:3, 4; 51:10), seguindo o modelo de Cristo: “E a si mesmo se purifica todo o que nEle tem esta esperança, assim como Ele é puro.” (1Jo 3:3). O cristão deve evitar e rejeitar tudo que possa poluir sua mente e sua vida, levando-o a pecar. Duas exortações de Paulo servem para nortear suas escolhas: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31); “Finalmente, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isto que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4:8).

4. Recreação e mídia

Seguindo o princípio da pureza moral, o cristão deve evitar livros e revistas, programas de rádio, televisão, internet ou qualquer outro tipo de mídia, jogos ou equipamentos modernos cujo conteúdo possa poluir sua mente e coração. Deve-se evitar tudo que induza ao mal e promova violência, desonestidade, desrespeito, adultério, pornografia, vícios de toda sorte, descrença, uso de palavrões e linguagem obscena, entre outras coisas. O cristão não pode conformar-se aos valores comuns de um mundo profundamente corrompido pelo pecado, mas deve ser transformado pelo Espírito, renovando sua mente a fim de experimentar “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2; ver também 1Jo 2:15-17). Certos lugares públicos de diversão tais como estádios esportivos, teatros e cinemas, em sua programação habitual, são inapropriados para o cristão adventista. Vários fatores contribuem para essa avaliação negativa por parte da Igreja, dentre eles:
  • a falta de controle sobre o conteúdo que é apresentado ou o evento que está ocorrendo;
  • a psicologia de massa que muitas vezes leva alguém a seguir em uma direção que de outro modo não o faria;
  • o fato de todo o ambiente ser planejado para potencializar o impacto sobre o indivíduo e sua mente, facilitando a aceitação, geralmente imperceptível, de ideias e valores contrários à fé cristã;
  • o tempo e os recursos financeiros gastos nessas diversões que poderiam ser utilizados para outros fins mais condizentes com a fé e os propósitos de vida de um cristão;
  • o testemunho negativo que a frequência a esses lugares pode deixar na mente de membros e não membros da igreja. O conselho de Ellen White aos jovens acerca do teatro, no seu tempo, parece ainda mais pertinente hoje para todos os lugares de diversão: “Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. [...] O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a qualquer outro lugar de diversão duvidosa” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 380).
A dança e os ambientes sociais como boates e outras casas noturnas são contrários ao princípio da pureza cristã, uma vez que excitam as paixões humanas, a luxúria e sedução. A dança é ainda comumente acompanhada do estímulo ao uso de bebidas alcoólicas, de drogas, da prática de violência e comportamento desenfreado. Sua promoção e prática não se harmonizam com os princípios cristãos adventistas, nem mesmo em um contexto particular, residencial, ou em atividades espirituais e sociais realizadas pela igreja.
A recreação através da música, seja ela religiosa ou não, também deve passar pelos critérios bíblicos da glorificação a Deus e qualidade do material em questão. Uma discussão detalhada desse assunto tão importante aparece nos documentos: “Filosofia Adventista do Sétimo Dia com Relação à Música”; e “Orientações com Relação à Música para a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul”, que você acessa clicando aqui.

5. Vestuário.

O vestuário cristão é claramente orientado nas Escrituras pelo princípio da modéstia e da beleza interior que implicam bom gosto com decoro. Os Adventistas do Sétimo Dia creem que os princípios acerca do vestuário que aparecem em 1 Timóteo 2:9 e 10 e 1 Pedro 3:3 e 4, em relação às mulheres cristãs, se aplicam tanto a homens como a mulheres. O cristão deve se vestir com modéstia, decência, bom-senso, evitando a sensualidade provocativa tão comum da moda, e sem ostentação de “ouro, pérolas ou pedras preciosas, ou vestuário dispendioso” (1Tm 2:9).

Esse princípio deve aplicar-se não apenas a roupas, mas a todas as questões que envolvem a aparência pessoal e seus enfeites. Tudo deve evidenciar a riqueza do “homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus” (1Pe 3:4). “O caráter de uma pessoa é julgado pelo aspecto de seu vestuário. Um gosto apurado, um espírito cultivado, revelar-se-ão na escolha de ornamentos simples e apropriados. [...] É justo amar e desejar a beleza; Deus, porém, deseja que amemos e procuremos primeiro a mais alta beleza – aquela que é imperecível. As mais seletas produções da perícia humana não possuem beleza que se possa comparar com a beleza do caráter, que à Sua vista é de grande preço” (Ellen G. White, Educação, p. 248, 249).

6. Jóias e ornamentos

Os princípios bíblicos da modéstia e da beleza interior, que aparecem em 1 Timóteo 2:9 e 1 Pedro 3:3, deixam bem claro que o cristão deve abster-se do uso de joias e de outros ornamentos, como bijuterias e piercing, e de tatuagens (Lv 19:28). Segundo a exortação bíblica, o cristão deve levar uma vida simples, sem ostentação, evitar despesas desnecessárias e estar livre do espírito de competição tão comum na sociedade. Esses princípios se aplicam às joias ornamentais. As joias funcionais, usadas segundo o contexto sociocultural, também devem seguir os mesmos princípios. Para o cristão, a autoestima e a valorização social estão fundamentadas no fato de o ser humano ter sido criado à imagem de Deus (Gn 1:26, 27); de cada individuo ser dotado de dons e talentos que lhes são únicos (Mt 25:14-29); e, sobretudo, por ele ter sido resgatado do pecado pelo mais alto preço possível no Universo, o precioso sangue de Cristo (1Co 6:20).

A busca de autoestima e valorização social por meio do uso de joias ou ornamentação externa conflita com a profunda experiência cristã que Deus deseja para Seus filhos e filhas (1Tm 2:9, 10; 1Pe 3:3, 4). Apesar de vários personagens bíblicos terem usado joias, o texto bíblico deixa claro que o seu abandono caracteriza um movimento de total reavivamento e reforma espiritual do povo de Deus (Gn 35:2-4; Êx 33:5, 6). É nesse contexto de reforma e reconsagração que os apóstolos Paulo e Pedro apontam a norma a ser seguida pelos discípulos de Cristo. Para os Adventistas do Sétimo Dia, essa norma deve ser ainda mais relevante, visto que nossa missão como o Elias profético nestes últimos tempos significa também simplicidade no vestuário (Mt 11:7-10; Mc 1:6; Lc 7:24-27). “Trajar-se com simplicidade e abster-se de ostentação de joias e ornamentos de toda espécie está em harmonia com nossa fé” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 366).

7. Sexualidade humana

A sexualidade humana é apresentada na Bíblia como parte da imagem de Deus na humanidade (Gn 1:27), e foi planejada por Deus para ser uma bênção ao gênero humano (Gn 1:28). Desde o princípio, Deus estabeleceu também o contexto em que ela deve ser exercida – o casamento entre um homem e uma mulher (Gn 2:18-25; Hb 13:4). A Bíblia deixa claro que a sexualidade deve ser exercida com respeito, fidelidade, amor e consideração pelas necessidades do cônjuge (Pv 5:15-23; Ef 5:22-33). O fiel adventista deve evitar também o jugo desigual, relacionando-se afetivamente e unindo-se em matrimônio somente com alguém que compartilhe sua fé (2Co 6:14, 15). As Escrituras claramente classificam como pecado as diferentes formas de sexo fora das diretrizes divinas, como:
  • o sexo pré-marital e a violência sexual (Dt 22:13-21, 23-29);
  • o adultério ou sexo extraconjugal (Êx 20:14; Lv 18:20; 20:10; Dt 22:22; 1Ts 4:3-7);
  • a prostituição, feminina ou masculina (Lv 19:29; Dt 23:17);
  • a relação com pessoas da mesma família ou crianças (Lv 18:6-17; 20:11, 12, 14, 17, 19-21);
  • a relação entre pessoas do mesmo sexo (Lv 18:22; Lv 20:13; Rm 1:26, 27);
  • o travestismo (Dt 22:5);
  • e a relação sexual com animais (Lv 18:23; Lv 20:15, 16).
As Escrituras também condenam:
  • o assédio sexual (Gn 39:7-9; 2Sm 13:11-13);
  • o exibicionismo sensual (Ez 16:16, 25; Pv 7:10, 11);
  • manter pensamentos e desejos impuros (Mt 5:27-28; Fp 4:8);
  • a impureza e os vícios secretos, como a pornografia e a masturbação (Ez 16:15-17; 1Co 6:18; Gl 5:19; Ef 4:19; 1Ts 4:7).
O argumento comum de que muitos desses comportamentos sexuais não eram aceitos na antiguidade, quando a Bíblia foi escrita, mas que hoje são socialmente aceitos e, portanto, podem ser até mesmo praticados pelos cristãos, demonstra falta de conhecimento da realidade entre os povos vizinhos do antigo Israel. O próprio texto bíblico é bem claro nessa questão. Levítico 18 diz que essas práticas eram comuns e aceitas no Egito e, mais ainda, na terra de Canaã (Lv 18:3, 24, 25, 27).

Deus condenou essas práticas, apesar de serem aceitas na antiguidade. Os israelitas deveriam viver segundo outro modelo de comportamento sexual, ou seja, o que está explícito nos mandamentos de Deus (Lv 18:4, 5, 26, 30). No entanto, para aqueles que sofrem tentações ou que têm sucumbido em qualquer área do comportamento sexual, a promessa de vitória em Deus é animadora: “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13); “não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6). “Os que põem em Cristo a confiança não devem ficar escravizados por nenhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar subjugados em servidão à natureza inferior, devem reger todo apetite e paixão. Deus não nos deixou lutar contra o mal em nossa própria, limitada força. Sejam quais forem nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer mediante o poder que Ele está disposto a nos comunicar” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 175, 176).

8. Saúde

O corpo humano é o templo do Espírito Santo e o cristão deve glorificar a Deus em seu corpo (1Co 3:16, 17; 6:19, 20; 10:31). O cuidado do corpo e da saúde faz parte da restauração da imagem de Deus no homem: “Deus deseja que alcancemos a norma de perfeição que o dom de Cristo nos tornou possível. Ele nos convida a fazer nossa escolha do direito, para nos ligarmos com os instrumentos celestes, adotarmos princípios que hão de restaurar em nós a imagem divina. Na Sua palavra escrita e no grande livro da natureza, Ele revelou os princípios da vida. É nossa obra obter conhecimento desses princípios e, pela obediência, cooperar com Ele na restauração da saúde do corpo bem como da alma” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 114, 115).

Em Sua Palavra, Deus deu orientações claras acerca de comida (Gn 1:29; 3:18; 7:2; 9:3, 4; Lv 11:1-47; 17:10-15; Dt 14:3-21) e bebida (Lv 10:9; Nm 6:3; Pv 20:1; 21:17; 23:20, 29-35; Ef 5:18). A dieta vegetariana é o ideal de Deus para o ser humano (Gn 1-3) e também a abstinência de qualquer tipo de bebida alcoólica e de tudo que seja prejudicial à saúde humana, como bebidas cafeinadas e drogas (Êx 20:13; 1Co 3:17; 6:19; 10:31). As boas coisas que Deus criou para o ser humano devem ser usadas com equilíbrio e sabedoria (Pv 25:16, 27). As coisas más devem ser totalmente evitadas.

Alimentação adequada e abstinência de tudo que é prejudicial à saúde são dois dos oito remédios naturais que Deus prescreveu para a manutenção de uma vida saudável e equilibrada e para a cura de muitas doenças e sofrimento: “Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino – eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais e da maneira de aplicá-los. [...] Aqueles que perseveram na obediência à suas leis ceifarão galardão em saúde de corpo e de alma” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 127).

Conclusão

As recomendações apresentadas neste documento são conselhos e orientações a serem seguidos com oração, como resultado de profundo relacionamento pessoal com Deus, na busca de Suas verdades e de Sua presença na primeira hora de cada dia. Elas não devem ser usadas como um elemento de crítica ou julgamento de outros, mas como apoio para a vida pessoal. A Palavra de Deus e os conselhos divinos que nos foram transmitidos pelo ministério profético de Ellen G. White nos exortam, como Adventistas do Sétimo Dia, a viver um estilo de vida que seja uma resposta de amor à bondade, à graça e ao infinito amor de Deus por nós. O fruto do Espírito deve permear todas as dimensões do nosso viver, proporcionando equilíbrio entre os aspectos interiores do ser e os exteriores do fazer. O resultado disso será nossa própria felicidade e bem-estar, e o desenvolvimento da nossa salvação em todos os aspectos desejados por Deus. E, por fim, estaremos lançando uma das bases fundamentais para o cumprimento de nossa missão profética, esperando em breve ouvir dos lábios do próprio Jesus: “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21).


O diretor jurídico da Igreja Adventista na América do Sul, Luigi Braga, fala sobre o cinema no contexto do estilo de vida cristão. 

DEVEMOS CUIDAR PAR QUE NÃO CONTRAIRMOS VICIOS

Você sabe lidar com o seu vício?

Um homem que não consegue passar um fim de semana sem se reunir com seus amigos para beber. Uma moça que gasta seu dinheiro descontroladamente com roupas, sapatos, bolsas e maquiagens. A internet é acessada diariamente por um rapaz que precisa navegar por sites pornográficos para se sentir bem. Um filho que precisa fumar maconha para aliviar sua ansiedade. Todas as semanas, um senhor precisa jogar na loteria para se sentir “vivo”. Uma jovem senhora que se preocupa e admira tanto a sua beleza que se utiliza de tratamentos estéticos de preços absurdos, contanto que permaneça bonita para se sentir feliz. Ir à academia diariamente e permanecer por lá 6 horas seguidas malhando. O sexo virtual de cada dia (ou de cada hora). Vícios?
Ao ler o parágrafo acima, você pode pensar: “Mas, nem todos são vícios.”, ou “Mas, nem todas estas atitudes são tão graves assim.” É, realmente há vícios que são mais aceitáveis socialmente do que outros, principalmente porque alguns são mais visíveis do que outros, mas não deixam de ser vícios, e com consequências igualmente prejudiciais. Se o homem, a moça, o rapaz, o filho, o senhor, a jovem senhora das histórias acima e você (será que você tem algum vício?) apresentam atitudes diante de uma substância ou de uma situação como: abstinência (fica irritado, ansioso, raivoso, até que consiga ter contato com aquilo que deseja), tolerância (quanto mais usa ou faz alguma coisa, mais precisa daquilo para alcançar o bem-estar que antes era alcançado com menos), perda do controle quando está fazendo determinada coisa (perda do controle do tempo, da quantidade, do gasto, etc.) e sente um desejo incontrolável diante de tal situação, é muito provável que um vício tenha sido desenvolvido e alimentado. E, em se tratando de vício, não há piores ou melhores. São vícios. Pode ser que as consequências de um sejam mais vistas do que as de outro, ou que pessoas ao seu redor sejam mais prejudicadas com um do que com outro. Mas, para a pessoa que tem o vício, o prejuízo da prisão emocional em que se encontram é o mesmo.
Mas, por que uma pessoa se vicia em algo? Qual é a raiz do problema? Por que se enveredar por um caminho de atitudes descontroladas? Normalmente, os vícios são “válvulas de escape” para uma angústia que a pessoa não consegue resolver por enquanto. Pode ser a morte de alguém, uma separação ou conflitos conjugais, uma dificuldade em ser ouvido dentro de casa, uma baixa autoestima que leva a uma necessidade de autoafirmação, uma falta de afeto no âmbito familiar, enfim, normalmente a pessoa que desenvolve um vício (qualquer que seja) está com alguma ansiedade, alguma angústia que está tão difícil de ser encarada e solucionada que, para aliviar-se emocionalmente, busca e encontra um meio (as drogas, o jogo, o sexo, a cerveja, a internet, a pornografia, a compra compulsiva, a obsessão pela beleza, etc) que traz um alívio TEMPORÁRIO para esta angústia. Torna-se um vício porque o indivíduo entra em um ciclo vicioso – sente a angústia – não consegue lidar com ela – procura a forma de alívio (o “vício”) – alivia-se temporariamente – o efeito do alívio acaba – a angústia volta – sente a angústia – não consegue lidar com ela – procura a forma de alívio – alivia-se temporariamente – o efeito do alívio acaba, e assim por diante.
E como sair disto, seja lá qual vício for?
1. É preciso que a pessoa admita que não tem controle sobre este vício. Muitas pessoas afirmam que possuem, sim, o controle sobre aquilo que são viciadas e que, quando desejarem, podem parar. Mas, na verdade, isto não acontece. Portanto, é preciso admitirem que, sozinhas, não conseguirão sair disto.
2. Procurar uma ajuda especializada de um profissional psicólogo a fim de ajudar esta pessoa a lidar com aquela angústia que a levou a buscar o vício, a fim de que ela não mais precise buscar alívio em coisas a fim de não ter que pensar nisto que dói emocionalmente e que ela não consegue lidar AINDA. Pensar vai doer, mas vai curar. O profissional também poderá ajudá-la a lidar com a ansiedade que surgirá ao abster-se do vício.
3. Afastar-se, ausentar-se ou eliminar o contato com pessoas, coisas e substâncias que levam a pessoa a ser tentada a cair no vício novamente.
4. Participar de grupos de ajuda mútua a fim de evitar uma recaída (há grupos como o NA – Narcóticos Anônimos; AA – Alcoólicos Anônimos; N/A – Neuróticos Anônimos; JA – Jogadores Anônimos; DASA – Dependentes de Amor e Sexo Anônimos, etc).
5. Crer que há um Deus que está sempre interessado em participar de quaisquer processos de recuperação, seja ela física, emocional ou espiritual. Portanto, além do que a pessoa pode fazer por ela mesma e além de uma ajuda profissional, há Alguém que completa aquilo que é limitado a nós.
Não tenha medo de admitir seus descontroles e suas impotências. Quanto mais entramos em contato com elas, mais perto estamos da cura emocional.
Thais Souza.

quinta-feira, 6 de março de 2014

QUE DEUS NOS AJUDE A LIVRAR PESSOAS DESSA TRÁGICA SUTUAÇÃO..

Viagem perigosa

SAÚDEMarcos De Benedicto
Em um comentado filme de 2000 intitulado Traffic, vencedor de quatro Oscars, Steven Soderbergh pinta um quadro realista e complexo do mundo das drogas. O thriller, repleto de intrigas e tensão, envolve três histórias paralelas. Num plano, o juiz Robert Wakefield (Michael Douglas), que combate as drogas nos Estados Unidos, descobre que sua filha adolescente (Erika Christensen) é viciada em heroína. Sua mulher (Amy Irving) confessa que experimentou todo tipo de droga na época da faculdade. Virando a câmera para o México, na fronteira, o honesto guarda Javier Rodriguez (Benicio Del Toro) luta para não ser envolvido na teia de corrupção que chega até um general. Em San Diego, o rico traficante Carlos Ayala (Steven Bauer) é preso numa operação secreta da polícia. Sua mulher Helena (Catherine Zeta-Jones), grávida e perplexa com a descoberta das atividades ilegais do marido, busca a ajuda de um advogado (Dennis Quaid) para tocar a vida.

O filme é, em certo sentido, um espelho da situação do planeta. Mostra narcotráfico, corrupção, consumo de drogas e problemas familiares. Realmente, vivemos numa sociedade viciada. O número de usuários de drogas ilícitas no mundo chega a 200 milhões, sendo 163 milhões de maconha, 34 milhões de anfetaminas, 15 milhões de opiáceos e 14 milhões de cocaína. Muitos usam mais de uma droga ao mesmo tempo. Cerca de 20% da população mundial usam substâncias psicoativas no decorrer da vida; 15% têm dependência química; 15% dos dependentes químicos cometem suicídio (porcentagem 20 vezes maior que a da população em geral).

Cerca de 7 milhões de pessoas morrem por ano no mundo devido ao uso de drogas, incluindo as duas mais populares: álcool e tabaco. Só nos Estados Unidos, 150 mil pessoas morrem anualmente por problemas ligados ao alcoolismo.

No Brasil, segundo um estudo feito para a Secretaria Nacional Antidrogas, mais de 9 milhões de pessoas (quase 20% da população) já experimentaram algum tipo de droga, não contando álcool e cigarro. Cerca de 11% da população brasileira é dependente de bebidas alcóolicas, 9% de tabaco e 1% de maconha. Outra pesquisa revelou que 587 mil adolescentes entre 12 e 17 anos são dependentes do álcool e 49 mil, de maconha. Um levantamento realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, em 1997, indicou que 51% dos adolescentes do país entre 10 e 12 anos de idade já tinham consumido bebidas alcoólicas; 11%, tabaco; 7,8%, solventes; 2%, ansiolíticos; e 1,8%, anfetamínicos.

Na verdade, desde tempos imemoriais, a humanidade consome drogas. Um jarro de cerâmica descoberto no Irã contendo resíduos de vinho resinado sugere que 5 mil anos antes de Cristo já havia produção de bebida alcoólica. Em 4000 a.C., os chineses provavelmente já usassem maconha. Em 3500 a.C., os sumérios, na Mesopotâmia, eram viciados em ópio. Eles chamavam a papoula de “flor do prazer”. E, por volta do ano 3000 a.C., os povos da América do Sul mastigavam suas folhinhas de coca numa boa, considerando a coca um presente dos deuses.

Mas talvez nunca tenha havido tanta gente viciada como agora. O pior é que o problema está se agravando, apesar do acúmulo de conhecimento científico evidenciando os males causados pelas drogas. O sonho da ONU de livrar o mundo do problema até 2008, conforme expresso durante uma assembléia especial sobre drogas em 1998, mostrou-se totalmente irreal.

O mercado de drogas ilegais continua em expansão, apesar do combate governamental de vários países. A área plantada diminuiu, mas a produtividade aumentou. O Afeganistão concentra 76% da produção mundial de papoula (destinada à fabricação de ópio e heroína), enquanto Mianmar detém 18% da produção e Laos, 2%. Infelizmente, a América Latina lidera a produção de cocaína. Entre os grandes produtores da droga, destacam-se a Colômbia, com 72% da produção mundial; o Peru, com 20%; e a Bolívia, com 8%. Em 2002, a produção mundial de cocaína foi de 800 toneladas; e a de heroína, de cerca de 450 toneladas. Essa produção atinge um enorme público consumidor, movimenta montanhas de dinheiro e gera uma guerra global. Europeus e norte-americanos gastam por ano cerca de US$ 80 bilhões para adquirir cocaína e heroína. Se os plantadores recebem pouco, os traficantes têm lucros enormes.

O uso de drogas legais pode não parecer tão assustador quanto o de drogas ilegais, mas não fica atrás no total consumido e em seus efeitos. Afinal, o cigarro é legal e pode ser chamado de matador número 1, o álcool faz parte do ritual destrutivo da maioria dos dependentes químicos e os remédios têm multidões de consumidores. As gerações atuais são viciadas em soluções rápidas. Se dá para tentar resolver o problema com uma pílula, para que mudar o estilo de vida? Por isso, existem pílulas para todos os tipos de males, da dor de cabeça à depressão, da insônia à impotência, da obesidade à hipertensão.

Os países ricos são os mais viciados em pílulas. Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão consomem 88% dos remédios. Pelas contas da empresa de consultoria IMS, os americanos e os canadenses, embora representem 5% da população global, engoliram 51% dos remédios vendidos em todo o mundo no ano de 2002. O mercado de medicamentos é estimado hoje em US$ 400 bilhões ao ano.

Variedade 

Mas o que é mesmo droga? A droga pode ser definida como qualquer substância, natural ou sintética, que modifica as funções do organismo e é usada como um atalho ilusório para a obtenção da sensação de prazer e felicidade, escravizando o usuário. Note que essa definição inclui três aspectos básicos: (1) o poder intrínseco da substância, (2) a busca sensorial da pessoa e (3) o padrão estabelecido entre a pessoa e a droga.

As drogas naturais vêm de vegetais, animais ou minerais. É o caso dos cogumelos e da trombeteira, que possuem princípios psicoativos. As drogas sintéticas, como o LSD (ácido lisérgico) e o ecstasy, têm uma origem diferente. Sua matéria-prima é fabricada em laboratório. Certas drogas, como o álcool, a cocaína, a maconha e o tabaco, podem ser classificadas como semi-naturais ou semi-sintéticas, pois resultam de reações químicas em laboratório com base em substâncias naturais.

A idéia de que as drogas sintéticas, como o ecstasy, são menos perigosas não passa de mito. O princípio ativo do ecstasy, uma anfetamina modificada, foi registrado pela indústria farmacêutica alemã Merck em 1912. Porém, a droga só ganhou popularidade a partir da década de 1970. Hoje virou moda nas pistas de danças. É uma droga grupal. Por incrível que pareça, 65% dos usuários de ecstasy acham que ele é seguro. A verdade é que o ecstasy pode não matar subitamente, mas, a longo prazo ou combinado com outras drogas, tem um efeito mortal. Ele não causa apenas euforia, sensação de bem-estar, perda da timidez, sentidos aguçados e aumento da resistência física. Pode também provocar alucinações, percepção distorcida de sons e imagens, desidratação, ansiedade, pânico e delírios.

Há um monte de substâncias classificadas como drogas. Entram nessa categoria o álcool, os anabolizantes, as anfetaminas, a ayahuasca, a cafeína, a cocaína, os cogumelos, o crack, o DMT, o ecstasy, o GHB, o haxixe, a heroína, o ice, os inalantes, a ketamina, o LSD, a maconha, a nicotina, a merla, o ópio, o PCP e o skunk, para citar as mais comuns. O termo droga inclui analgésicos, alucinógenos, barbitúricos, estimulantes, psicotrópicos e tranquilizantes, entre outras substâncias. As drogas, lícitas ou ilícitas, podem ser depressoras, diminuindo o ritmo das atividades cerebrais (por exemplo, álcool, tranquilizantes e opióides); estimulantes, acelerando o processo cerebral e as atividades corporais (por exemplo, cocaína, nicotina e cafeína); e alucinógenas, alterando a percepção de espaço e tempo (por exemplo, maconha, LSD e mescalina).

Algumas drogas só continuam sendo consideradas lícitas por causa de fatores sociais, culturais ou econômicos. Os casos do álcool e do tabaco são típicos. Ambos, especialmente o álcool, têm uma longa história e fazem parte da vida (ou da morte) de milhões de pessoas. A cafeína, embora seja um forte estimulante, às vezes nem é considerada droga. Além da tradição cultural de tomar café, pesa aí o interesse econômico, se bem que não se deve esquecer de que a cafeína é matéria-prima importante na fabricação de medicamentos.

O caso da ayahuasca, cujo uso na bacia amazônica talvez remonte a uns 2.000 anos a.C., também é interessante. Conhecida em diferentes culturas por yajé, caapi, natema, pindé, kahi, mihi, dápa, bejuco de oro, vine of gold, vine of the spirits, vine of the soul, hoasca, chá do Santo Daime ou vegetal, a droga alucinógina é tomada na forma de chá. Por isso, o seu uso para fins religiosos é protegido por lei. A bebida, porém, provoca alucinações, alterações no processo de pensamento e da memória, mudança na percepção corporal, náuseas, vômitos, diarréia, aumento da pressão arterial, incoordenação motora, prostração e sonolência. Se não fossem os fatores culturais, é de se duvidar que os sentimentos de rejuvenescimento e a sensação de inefabilidade e de contato com locais e seres sobrenaturais causados pela droga justificariam a sua legalidade.

As drogas podem ser usadas de várias formas, como injeção, inalação, via oral e via retal (supositório). Os efeitos também variam conforme a pessoa, o tipo de droga, a dosagem e as circunstâncias do uso. Mas a maioria afeta o cérebro e o sistema nervoso, modificando as atividades psíquicas, a atitude e o comportamento.

Prazer escravizante

Muitos fatores podem levar ao consumo de drogas. Entre eles, estão a curiosidade, a pressão dos amigos, a busca da identidade grupal, a imitação dos pais, o acesso fácil, um histórico de uso de drogas mais leves, problemas de integração da personalidade, a negação do eu, um ambiente hostil, a fuga da tensão e da realidade, o desejo de melhorar a performance, a tentativa de bloqueio da dor emocional, a busca de sentido existencial numa sociedade consumista e vazia espiritualmente, a fronteira tênue entre remédio e droga, a divulgação do vício como prática normal pela mídia, a glamourização das drogas pelo cinema e a TV. Às vezes, a adição ocorre por uma combinação de fatores.

Um dos trunfos da droga é o prazer. Ela ativa as células cerebrais e põe em ação o sistema de recompensa, em que o dependente sempre recorre à droga para se sentir bem. Se a droga não oferecesse nada agradável, não atrairia tanta gente. O problema é que o prazer inicial logo se transforma em dor, a liberdade de experimentar torna-se escravidão para consumir, a viagem vira pesadelo. A pessoa tenta se libertar, mas não consegue. Ela vira “drogadicta” ou toxicômana.

A toxicomania é caracterizada por um desejo forte ou mesmo irresistível de usar droga, a tendência a aumentar a dose e a dependência de ordem psíquica. A pessoa vive para a recompensa, ainda que a recompensa vá destruí-la. Pesquisas recentes sugerem que todo tipo de dependência, incluindo a compulsão por jogo, sexo, internet, trabalho, compras ou comida, pode ter um processo parecido de desenvolvimento em áreas específicas do cérebro.

Sempre envolventes, as drogas podem causar até codependência, uma doença emocional que atinge muitas pessoas do círculo dos dependentes químicos, alterando sua rotina, seu comportamento e sua postura diante da vida. Os codependentes praticamente se anulam. Vivem em função dos outros, na tentativa de salvá-los de sua trajetória destrutiva.

Liberdade possível

Libertar-se das drogas não é tarefa fácil, mas é possível. Para o psiquiatra argentino Eduardo Kalina, que já tratou de dependentes químicos famosos como a atriz Vera Fischer e o ex-jogador Diego Maradona, o cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga. Por isso, o dependente químico deve praticar a abstinência total e radical de todo tipo de drogas, inclusive álcool e cigarro. Um gole ou tragada pode abrir “a memória biológica” e acordar o desejo. “Há cura se você aceita seus limites", sublinha o psiquiatra.

Os especialistas costumam frisar que não existe meia dependência. A idéia de fumar apenas um, ou aspirar apenas uma vez, é ilusão. A pessoa nunca consegue se controlar quando está em contato com a droga. Ela perde o senso de perigo, de realidade e mesmo de responsabilidade. O imediatismo da compulsão por uma resposta química torna-se mais importante do que a decisão de seguir valores espirituais.

Se a dependência fosse apenas química, seria mais fácil. Porém, a dependência é igualmente psíquica e até mesmo social. Tudo isso deve ser levado em conta na hora de buscar o tratamento. Numa entrevista para a revista Veja (edição de 8 de setembro de 2004), o psiquiatra grego Petros Levounis, conceituado especialista em dependência que recentemente assumiu a direção do Addiction Institute of New York, frisou que “a melhor maneira de entender o vício é por meio dos modelos biológico, psicológico e social”. Cada um desses aspectos deve ser avaliado e tratado.

“O caminho que se tem revelado mais eficaz é o de combinar procedimentos que contemplem os três modelos”, explica o médico. “O paciente reage melhor quando indicamos a psicoterapia, usamos medicamentos para tratar a ansiedade e a depressão e, ao mesmo tempo, envolvemos a família (o aspecto social do tratamento).” Ninguém deve se esquecer também do aspecto espiritual. Só Deus pode dar pleno sentido à vida, oferecer ajuda efetiva e trazer liberdade real.

Perfil do usuário

Pesquisa do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) revela que o dependente típico de drogas em São Paulo é branco, solteiro, faz uso de maconha e cocaína no mesmo dia, tem 19 a 30 anos e está desempregado. O traficante também é branco e jovem; 77% deles são da Região Sudeste, 71,42% têm ensino fundamental, 97% são brasileiros e 3% estrangeiros.

O perfil do drogado e do traficante foi elaborado a partir de 3.115 entrevistas com pessoas atendidas pela Divisão de Prevenção e Educação e da prisão de 3.242 pessoas, vendendo ou usando drogas, nos dois últimos anos. Dos 3.115 entrevistados, 89% dos homens e 11% das mulheres são dependentes de algum tipo de droga. Na faixa etária até 15 anos, 23% são dependentes. O trabalho revelou ainda que, entre os homens, a cocaína é a mais usada. Entre as mulheres, a maconha.
Fonte: O Estado de S. Paulo